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Guarujá

Guarujá analisa mais dois pedidos de impeachment de Valter Suman

Câmara vota, nesta terça-feira, os dois últimos pedidos de impeachment contra o prefeito afastado

Carlos Ratton

Publicado em 12/04/2022 às 07:00

Atualizado em 12/04/2022 às 13:17

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Suman foi afastado das suas funções por decisão do desembargador federal Nino Oliveira Toldo, da 4ª. Seção do Tribunal Regional Federal da 3ª Região / Nair Bueno/DL

A Câmara de Guarujá analisa e vota, nesta terça-feira (12), os dois últimos pedidos de impeachment contra o prefeito afastado Valter Suman (PSDB). Se o teor dos pedidos for o mesmo do anterior, apresentado pelo engenheiro José Manoel Ferreira Gonçalves, ambos serão incorporados à comissão processante aprovada na última terça-feira (5).

A informação foi confirmada ontem pelo primeiro secretário da Casa, vereador Raphael Vitiello (PSD). Todos os três pedidos são baseados nas denúncias levantadas na segunda fase da Operação Nácar, deflagrada pela Polícia Federal (PF).

Os dois pedidos analisados nesta terça foram protocolados pelo empresário Patrick Andrade da Silva Sacramento e pelo radialista Jalmir Gibbon Fernandes.

A comissão processante é presidida pelo vereador Fernando Martins dos Santos, o Peitola (MDB), em tem como relator o vereador Carlos Eduardo Vargas da Silva (PTB) e o vereador Santiago dos Santos Ângelo (Progressistas) como membro. Ela terá 90 dias para apresentar um parecer que será submetido à Câmara.

Suman foi afastado das suas funções por decisão do desembargador federal Nino Oliveira Toldo, da 4ª. Seção do Tribunal Regional Federal da 3ª Região, após pedido do Ministério Público Federal (MPF).

NA PF.

Na última quinta-feira (7), ele compareceu à sede PF, em Santos, para prestar depoimento às autoridades em relação a documentos, computadores e até aparelhos celulares apreendidos na casa do chefe do Executivo na mesma semana de seu afastamento, no final de março.

A PF realizou 55 mandatos de busca e apreensão em 31 endereços diferentes, apreendido R$ 2 milhões em dinheiro e bloqueado mais de R$ 110 milhões de bens. A segunda fase ocorreu integrada com a Controladoria-Geral da União (CGU) e do Tribunal de Contas da União (TCU). Os 55 mandados envolveram não só Guarujá, mas Santos; São Vicente; São Bernardo do Campo; Carapicuíba; São Paulo; Campos do Jordão; e Brazópolis (MG). Participaram da deflagração 225 policiais federais e três auditores da CGU.

A nova investida visou o aprofundamento das investigações que apuram fraudes nas contratações das áreas da saúde e da educação realizadas pela Prefeitura de Guarujá. A investigação tem como objetivo o combate de possíveis crimes de corrupção, desvios de recursos públicos e outros crimes correlatos, envolvendo verbas federais.

Os investigados podem responder pelos crimes de peculato, corrupção ativa e passiva, fraude em licitação, organização criminosa e lavagem de dinheiro. As penas, se somadas, podem variar de 12 a 46 anos.

Ano passado, por 11 votos a cinco, Suman foi inocentado do primeiro pedido de impeachment, arquivado pela Câmara. Votaram pela cassação somente Antônio Fidalgo Salgado Neto, o Toninho Salgado, e Raphael Vitiello Silva - ambos do PSD; Carlos Eduardo Vargas da Silva, o Vargas (PTB); Wagner dos Santos Venuto, o Waguinho (DEM) e Anderson Figueira Lopes, do Podemos.

Além da suspensão do prefeito de suas funções, a segunda fase da Operação Nácar 'derrubou' dois secretários de Guarujá: Sidnei Aranha (Meio Ambiente) e Edilson Dias (Desenvolvimento e Assistência Social).

Eles estão suspensos das funções também por determinação do desembargador federal e proibidos, junto com Suman, de acessar a sede ou dependência da Prefeitura de Guarujá, sendo fiscalizados pela polícia.

 

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