Continua depois da publicidade
Se em 2012 houve luta pelo título até o final e recorde de vitórias por pilotos diferentes numa mesma temporada, 2013 não foi surpreendente e empolgante como no ano anterior. O vencedor foi conhecido com várias etapas de antecedência, e seu nome não foi novidade: Sebastian Vettel faturou o quarto título consecutivo.
Em um ano que a Ferrari nunca se encontrou e a McLaren foi uma grande decepção, as emergentes Mercedes e Lotus acabaram sendo as principais desafiantes da Red Bull. Mas a equipe austríaca, com o genial Adrian Newey produzindo carros fantásticos, foi ainda mais dominante do que nas temporadas anteriores, e conquistou 13 vitórias nas dezenove etapas do Mundial, sendo nove consecutivas.
O jovem piloto alemão continuou quebrando recordes. É agora o mais novo tetracampeão da história da categoria, chegando ao seleto grupo de apenas outros três pilotos com pelo menos este número de conquistas: Michael Schumacher (7 títulos), Alain Prost (4) e Juan Manuel Fangio (5).
Vettel venceu 13 etapas na temporada, igualando o recorde de Schumacher, estabelecido em 2004. Com as nove vitórias consecutivas de 2013, do GP da Bélgica à última etapa no Brasil, superou a marca de Schumacher (7) e igualou a de Alberto Ascari. No início de 2014, pode se tornar o recordista se vencer a primeira prova do ano, na Austrália. Foram 684 voltas na liderança, contra 447 de todos os outros pilotos somados.
Continua depois da publicidade
O alemão também mostrou ampla superioridade diante de seu companheiro de equipe, o australiano Mark Webber, que, apesar de usar o mesmo carro, não chegou perto dos feitos do alemão em 2013. Em seu último ano na F1, terminou sem vitórias, com apenas oito pódios, e na terceira posição na tabela de classificação graças a uma reação no final, quando conquistou quatro pódios nas últimas cinco etapas.
Com Webber em má forma, o principal 'concorrente' de Vettel em 2013 foi o incansável Fernando Alonso. A Ferrari prometia elevar o nível da disputa na pré-temporada e nas primeiras etapas do ano, mas foi ficando pelo caminho. O espanhol começou a temporada com um segundo lugar em Melbourne. Depois de não terminar na Malásia, venceu na China e na quarta etapa, em Barcelona, seu último triunfo na temporada.
Continua depois da publicidade
Daí em diante, Alonso conseguiu se manter entre os líderes do Campeonato com performances surpreendentes, subindo ao pódio em várias ocasiões. Na reta final, o piloto espanhol viu Vettel disparar na ponta e lutou para não perder o vice-campeonato. Entre os construtores, assistiu a Mercedes ultrapassar uma Ferrari sem poder algum de reação.
Companheiro de Alonso, o brasileiro Felipe Massa mais uma vez ficou devendo. Com menos da metade dos pontos conquistados pelo espanhol, Massa fechou o ano na oitava colocação após conseguir apenas um pódio na temporada, com um terceiro lugar no GP da Espanha.
Sem conseguir resultados expressivos nas últimas quatro temporadas, o brasileiro perdeu seu lugar na escuderia italiana. Em 2014 correrá pela Williams, equipe que tenta recuperar as glórias do passado em uma temporada de grandes mudanças no regulamento técnico e carros totalmente novos.
Continua depois da publicidade
A Mercedes, por sua vez, continuou sua trajetória ascendente na F1. Além do vice de construtores, somou três vitórias no ano, duas com Nico Rosberg e uma com Lewis Hamilton, além de outros seis pódios.
Outra equipe que se destacou em 2013 foi a Lotus. Kimi Raikkonen conquistou a vitória no GP da Austrália, logo na abertura da temporada, e brigou pelas primeiras posições na maior parte do ano. Romain Grosjean teve um início mais difícil, mas se encontrou no final. Somados, os dois conseguiram subir ao pódio 14 vezes.
Já a grande decepção de 2013 ficou por conta da McLaren. Pela primeira vez desde 1980, a equipe inglesa não conquistou um pódio sequer ao longo da temporada. Sua melhor colocação foi um quarto lugar com Jenson Button em Interlagos. Já o melhor que Sérgio Perez conseguiu foi a quinta colocação na Índia.
Continua depois da publicidade
O ano de 2013 encerrou a era dos motores V8 na F1. Para a próxima temporada, os motores V6 turbo aspirados de 1,6 litros serão o padrão. Fora outras alterações no regulamento, esta por si só já significará uma mudança total nos projetos dos carros e pode se refletir num novo equilíbrio de forças.
O grid também estará bem diferente. Nas principais equipes, Vettel terá outro australiano a seu lado, Daniel Ricciardo; Alonso dividirá as atenções da Ferrari com Kimi Raikkonen; já Sergio Pérez perdeu seu lugar na McLaren para o estreante dinamarquês Kevin Magnussen e se mudou para a Force India. Na Lotus, Grosjean continua e terá Pastor Maldonado como companheiro; Massa assumiu o posto de Maldonado na Williams e correrá ao lado de Valtteri Bottas.
A primeira oportunidade de ver os novos conjuntos em ação será no dia 28 de janeiro, no primeiro dia de testes de pré-temporada, no circuito espanhol de Jerez de la Frontera.
Continua depois da publicidade