Esportes
O secretário-geral da Fifa voltou a criticar os atrasos nas obras dos estádios brasileiros e cobrou uma postura diferente do Governo e do COL, para evitar maiores problemas no futuro
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Com menos de três meses para o início da Copa do Mundo, a relação entre a Fifa e os representantes brasileiros parece não atravessar um momento tão amigável. Nesta quinta-feira, em entrevista ao site oficial da maior entidade do futebol mundial, o secretário-geral Jérôme Valcke voltou a criticar os atrasos nas obras dos estádios brasileiros e cobrou uma postura diferente do Governo e do COL (Comitê Organizador Local), para evitar maiores problemas no futuro.
“O principal desafio é fazer com que a construção dos estádios esteja aliada com a infraestrutura envolta dele. Isto é, em Brasília, por exemplo, não há pavimentação no arredor do Mané Garrincha. Isso tem que ser feito em poucos meses e não adianta só a Fifa agir. Os governos e o COL, além das próprias cidades, são responsáveis por fazer com que tudo esteja pronto para receber a Copa do Mundo. Não pode estar tudo bonito dentro do estádio, para os jornalistas, e fora não”, criticou o secretário.
No último final de semana, mais uma sede foi inaugurada. Com uma partida entre Nacional-AM e Remo-PA, pelas semifinais da Copa Verde, a Arena Amazônia, em Manaus, recebeu o público pela primeira vez. O estádio apresentou algumas falhas, mas foi aprovada pelos torcedores presentes, que não deixaram de se encantar pela grandiosidade da obra – o que levanta também a polêmica sobre a utilização do local após a realização da Copa do Mundo.
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A inauguração do estádio em Manaus, no entanto, não deixa Jérôme Valcke mais tranquilo com relação às obras para a Copa do Mundo. Questionado sobre o tamanho do passo dado pelo Brasil após a inauguração de mais uma arena, o secretário-geral aproveitou para ressaltar os atrasos, afirmando que a praça esportiva em Manaus deveria ser entregue em dezembro do ano passado.
“A boa notícia seria ter tido o estádio entregue em dezembro de 2013 e não em março de 2014. Mas é bom ver que não é só a parte técnica que está funcionando, mas também a assistência que envolve tudo isso, como o plano de venda dos ingressos. Além disso, a entrega do estádio impulsiona as outras arenas que precisam ficar prontas”, cutucou Valcke, lembrando que a Arena da Baixada, em Curitiba, a Arena Corinthians, em São Paulo, e a Arena Pantanal, em Cuiabá, ainda não foram entregues.
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