Esportes

Polícia diz ter identificado 60 torcedores na briga em Joinville

A informação é do delegado geral da Delegacia Regional, Dirceu da Silveira Júnior, que garantiu o indiciamento de todos cujas participações fiquem comprovadas pelas fotos e filmagens

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 12/12/2013 às 20:04

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Mais de 100 denúncias chegaram até a Polícia Civil de Santa Catarina através de um e-mail criado especificamente para dar apoio às investigações sobre os envolvidos na briga entre torcedores de Atlético Paranaense e Vasco, ocorrida no domingo passado, na Arena Joinville, pela última rodada do Campeonato Brasileiro.

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Com isso, já foram identificados 40 torcedores dos dois clubes que teriam participado da briga e foi possível fazer a qualificação (obtenção dos dados pessoais do acusado) de outros 20 envolvidos. A informação é do delegado geral da Delegacia Regional, Dirceu da Silveira Júnior, que garantiu o indiciamento de todos cujas participações fiquem comprovadas pelas fotos e filmagens.

Nesta quinta, segundo o delegado, foi encaminhado para o Fórum de Justiça o inquérito policial instaurado contra os três torcedores vascaínos que foram presos em flagrante ainda no domingo e seguem detidos na Penitenciária Industrial de Joinville. Leone Mendes da Silva, de 23 anos, Arthur Barcelos de Lima Ferreira, de 26, e Jonathan Santos, de 29, foram indicados por tentativa de homicídio, associação ao crime e incitação de violência.

Ainda de acordo com o delegado, o inquérito policial continua sendo feito, para identificar e indiciar os demais envolvidos, além de esclarecer as circunstâncias dos acontecimentos na Arena Joinville.

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O torcedor atleticano Willian Batista da Silva, de 19 anos, continua internado no Centro Hospitalar da Unimed, em Joinville, sem definição de data para receber alta médica. Segundo os médicos, sua recuperação tem sido boa. Ele é o único que segue hospitalizado após a briga de domingo.

A Polícia Civil diz ter identificado 60 torcedores na briga em Joinville (Foto: Estadão Conteúdo)

Risco de interdição

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O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) vai realizar nesta sexta, no Rio de Janeiro, o julgamento sobre os incidentes na Arena Joinville. O estádio corre o risco de ser interditado. O que motivou este pedido feito pelo procurador Paulo Schmitt foram as fotos do porrete, com um prego em uma das pontas, utilizado pelo torcedor vascaíno Leone para atacar os atleticanos. Segundo o procurador, o artefato foi arrancado da estrutura do estádio, o que caracterizaria uma falha de segurança no local.

No caso de uma possível interdição do estádio, que pertence à prefeitura da cidade, o maior prejudicado será o Joinville Esporte Clube (JEC), que manda seus jogos na Arena Joinville. Neste domingo, por exemplo, vai enfrentar o Canoinhas no local, pela última rodada da Copa Santa Catarina.

Para evitar a interdição, foi anexado às provas em favor da Arena Joinville o laudo realizado pelo Instituto Geral de Perícias (IGP) que atesta ser o porrete de madeira e não de ferro, conforme alegado pelo procurador do STJD. "Trata-se, na verdade, de um pé de mesa que estava numa das lanchonetes, embaixo da arquibancada, destruída pelos brigões", esclareceu Fernando Krelling, presidente da Federação de Esportes e Lazer de Joinville (Felej), que administra o estádio.

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Na tarde desta quinta, inclusive, a Comissão de Vistoria da Polícia Militar de Santa Catarina fez uma detalhada inspeção em todos os espaços da Arena Joinville, em busca de problemas que poderiam colocar em risco o público do futebol. A avaliação, contudo, não tem ligação com a briga entre torcedores ocorrida no domingo passado, mas, sim, com a preparação do estádio para receber jogos do Campeonato Catarinense.

"Trata-se de uma vistoria preventiva que realizamos todos os anos em todos os estádios", explicou o tenente Alberto Cardoso Cichella, encarregado do trabalho. O laudo será encaminhado dentro de uma semana para a Federação Catarinense de Futebol.

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