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Ter sido apontado como mentiroso por Walter Torre (por conta das divergências quanto aos assentos da futura arena) provocou Paulo Nobre. O mandatário do Palmeiras convocou entrevista para classificar como lamentável a declaração do presidente da construtora WTorre e dizer aos torcedores estar tranquilo quanto a um desfecho positivo para os interesses do clube.
"Essa presidência não admite, em hipótese alguma, ser ferida a soberania do Palmeiras. Essa presidência quer deixar muito claro que absolutamente ninguém vai passar o Palmeiras para trás. Vamos defender até a última instância todos os interesses da nossa sociedade", disse o dirigente, na tarde desta terça-feira.
A última instância, no caso, seria a Câmara de Comércio Brasil-Canadá, comissão de arbitragem designada em comum acordo para resolver eventuais impasses do contrato. Se tomada pelo tribunal arbitral, a decisão não permite recurso. Mas Nobre espera não ter que apelar a isso para poder comercializar 35 mil dos 45 mil lugares do estádio.
"O Palmeiras está muito seguro com relação à interpretação do contrato. Criamos, no início da gestão, uma diretoria de relacionamento com a Arena. Ela vem trabalhando incessantemente, levantando todos os documentos, tudo o que foi discutido em 2007 e 2008, e o Palmeiras não tem dúvida nenhuma em relação à interpretação desse contrato", falou, sem revelar termos.
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Não é dessa forma que interpreta a construtora. Em entrevista publicada pelo jornal Lance!, nesta terça-feira, Torre voltou a dizer que sua empresa está assegurada a comercializar as cadeiras em sua totalidade. Para isso, o empresário, além de avaliar como mentirosos os posicionamentos do clube nessa questão, usou expressão que desagradou a diretoria palmeirense: "A Arena inteira é nossa, não tem discussão".
"Queria deixar claro ao torcedor palmeirense que, independentemente do negócio, a nova arena é a casa palmeirense. Que nenhum terceiro venha se julgar dono da casa do palmeirense. Queria deixar isso muito claro para a nossa torcida", respondeu Nobre, antes mesmo de conversar individualmente com o representante da parceira.
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O impasse deve se prolongar por tempo indeterminado. O Palmeiras não quer desgastar a parceria que terá duração de 30 anos a partir da inauguração da arena. Também quer evitar que a construção se atrase ainda mais. A última posição oficial da WTorre é de que as obras estarão prontas entre o final do primeiro trimestre e o início do segundo trimestre de 2014.