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Kardec lidera garotos, e São Paulo reserva bate Marília no Morumbi

O placar poderia ter sido até mais elástico se o time B são-paulino tivesse concluído melhor – ou com mais seriedade – a gol as inúmeras oportunidades criadas

Publicado em 22/03/2015 às 18:30

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Mesmo escalado com apenas três jogadores titulares no Morumbi, o São Paulo não encontrou dificuldade para derrotar o pior time do Campeonato Paulista por 3 a 0, na chuvosa tarde deste domingo, em duelo que mais pareceu um treino para os garotos do elenco. Os gols da equipe diante do Marília foram anotados por Ewandro e Alan Kardec (duas vezes), os dois primeiros em jogadas trabalhadas por Boschilia no primeiro tempo.

O placar poderia ter sido até mais elástico se o time B são-paulino tivesse concluído melhor – ou com mais seriedade – a gol as inúmeras oportunidades criadas. Os dois gols, porém, foram suficientes para aumentar a distância na liderança do grupo A do Campeonato Paulista, agora com 26 pontos (nove a mais do que o vice-líder, Mogi Mirim), restando quatro rodadas na primeira fase.

O próximo compromisso na competição estadual, possivelmente com os titulares de volta, será na quarta-feira, contra o Palmeiras, no Palestra Itália. Até aqui, o técnico Muricy Ramalho tem um empate e duas derrotas em clássico na temporada. Ao Marília, que soma só dois pontos e ocupa a última posição na classificação geral, a nova tentativa de vencer pela primeira vez no campeonato será frente ao Red Bull, em casa.

Neste domingo, diante de um adversário modesto e vindo de uma partida desgastante na Copa Libertadores, Muricy Ramalho usou apenas três jogadores que enfrentaram o San Lorenzo. Além de ter baixas, o treinador decidiu poupar quatro nomes, incluindo o meia Paulo Henrique Ganso e o atacante Luis Fabiano, dando chances a garotos formados nas divisões de base do clube, como Boschilia e Ewandro, e também a Alan Kardec, que os liderou.

O São Paulo não encontrou dificuldade para derrotar o pior time do Campeonato Paulista por 3 a 0 (Foto: Reprodução/Facebook SPFC)

Mesmo com uma formação desentrosada, o São Paulo passeou no gramado molhado do Morumbi. Aos três minutos, Ricky Centurión (um dos titulares mantidos, ao lado de Rogério Ceni e Lucão) fez duas fintas no meio-campo e deu ótimo passe para Ewandro finalizar mal, quase com o tornozelo, para fora. Quatro minutos depois, o jovem atacante fez jogada sozinho, limpou a marcação e arriscou com perigo à direita da meta do goleiro Rodrigo Calchi.

As duas finalizações erradas não tiraram a confiança de Ewandro. Aos 12 minutos, Boschilia atraiu a marcação, fez boa jogada e rolou para o ex-companheiro de base bater de primeira, de fora da área, no canto direito e abrir o placar. Foi seu segundo gol com a camisa tricolor profissional. Empolgado, ele ganhou aplausos logo em seguida por também ajudar o time com desarme no campo de defesa.

A vulnerabilidade mariliense permitiu que o São Paulo ampliasse a vantagem ainda aos 15 minutos. Em mais uma boa jogada de Boschilia, Alan Kardec foi acionado por trás do defensor, deixou o goleiro no chão e tocou para a rede. Poderia ter feito outro – de cabeça – na primeira etapa não fosse a trave direita.

Com a confortável diferença, o São Paulo passou a errar alguns passes e a irritar Muricy, especialmente por algumas bolas perdidas por Rodrigo Caio e Thiago Mendes no meio-campo. Antes do intervalo, o treinador se queixou ainda de decisões equivocadas dos homens de frente diante do gol. Centurión e Kardec, principalmente, desperdiçaram novas oportunidades.

O segundo tempo igualmente foi marcado por maior posse de bola são-paulina. Na primeira boa chance, Centurión recebeu de costas dentro da área, fez o giro e finalizou em cima de Rodrigo Calchi. O terceiro gol saiu aos 28 minutos, quando Kardec recebeu passe rasteiro de Ewandro e completou para o gol vazio, anotando seu quinto gol no ano. O lance gerou reclamação e expulsão do técnico Bruno Quadros e de um de seus reservas no banco.

Dos vestiários, eles não viram o sol se abrir e nem o Marília, que vinha se arriscando um pouco mais até então, ficar distante de vez de vazar a meta do veterano Rogério Ceni, um dos "garotos" formados na base do São Paulo em campo neste domingo. O goleiro de 42 anos, dúvida antes da partida por conta de dores no quadril, nem treinar direito pôde.

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