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Guerrero complica, mas time resolve e Corinthians põe mãos na vaga

O atacante peruano acertou uma cotovelada em um jogador adversário e foi expulso logo no início do jogo

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 05/02/2015 às 00:23

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Houve momentos em 2014 nos quais o Corinthians se resumiu a Paolo Guerrero, motivo pelo qual ele se julga merecedor de um prêmio de mais de R$ 18 milhões para renovar seu contrato. Mas o time do Parque São Jorge ainda é muito mais do que o peruano e, apesar da irresponsabilidade do centroavante, goleou o Once Caldas por 4 a 0 e deixou muito encaminhada sua classificação à fase de grupos da Copa Libertadores.

De volta à equipe, Tite lembrou que a fórmula vencedora de 2012 – ano que terminou com Guerrero como herói – é coletiva. Cássio foi seguro, Felipe foi mais do que seguro, Elias fez lembrar o velho Elias, e Emerson fez lembrar muito o velho Emerson. Assim, com a responsabilidade dividida, a ameaça colombiana foi praticamente extinta após a expulsão do centroavante.

No primeiro jogo da Libertadores no estádio Itaquera, o placar foi aberto com pouco mais de trinta segundos, em uma tentativa de cruzamento do Sheik que entrou. A partir dos 26 minutos, no entanto, os donos da casa passaram a atuar com um jogador a menos porque Guerrero se irritou com um tapa nas costas e resolveu soltar o braço no rosto de Pérez.

O Corinthians se segurou até o fim do primeiro tempo e conseguiu ampliar no início do segundo, em cabeceio de Felipe. A situação clareou ainda mais aos 24, quando Fagner caiu e – com a ajuda da pressão do agora xerife Felipe – conseguiu a expulsão de Murillo. Logo em seguida, em jogada com embaixadinha de Emerson e bela troca de passes, Elias marcou o terceiro.

Em festa, a Fiel voltou a explodir minutos mais tarde, quando Fagner recebeu passe de calcanhar de Renato Augusto e encobriu o goleiro, fechando a quase perfeita jornada coletiva de dez jogadores. Fábio Santos ainda foi expulso nos acréscimos, mas será difícil para o Once Caldas tirar a classificação do time paulista na próxima quarta-feira, nos cerca de 2.200 metros de Manizales.

Gol no início e expulsão perigosa

O Once Caldas saiu com a bola, e o Corinthians marcou com pouco mais de trinta segundos. Funcionou instantaneamente a estratégia de apertar os colombianos, que foram obrigados a dar chutão, com bom bote de Felipe no meio. A bola chegou a Emerson, que tentou cruzar da esquerda e encobriu o goleiro.

Com um início perfeito, o time da casa deu sequência à sua tática, criando problemas para os visitantes, mas cometendo erros na defesa. Felipe foi o primeiro a vacilar, permitindo finalização de dentro da área de Penco, que pegou mal. O centroavante subiria livre pouco depois, pegando mal de cabeça.

O Once Caldas continua com dificuldade para sair e sofria com as bolas roubadas. Em uma delas, Guerrero cruzou rasteiro, perigosamente. Em outra, Renato Augusto bateu rasteiro de fora da área e obrigou Cuadrado a trabalhar. Do lado oposto, Penco teve mais uma chance para finalizar da entrada da área, parando em Cássio.

Foi de Elías o gol mais bonito do jogo (Foto: Rodrigo Gazzanel/Estadão Conteúdo)

Os sustos da defesa corintiana atingiram o ponto máximo aos 20 minutos, quando Ralf desviou contra a própria rede uma falta batida pela meia esquerda do time de Manizales. O gol foi anulado pela posição irregular de Arango, que participou da jogada, mas já estava claro que o jogo estava aberto.

A situação se complicou para o Corinthians aos 26 minutos, quando Guerrero disputou a bola no alto com Pérez, levou um tapa nas costas e revidou desproporcionalmente, soltando o braço no rosto do adversário. Foi corretamente expulso e obrigou a formação do Parque São Jorge a adotar um comportamento bem mais conservador.

Imediatamente após o vermelho, Emerson ficou isolado no ataque. Depois, Tite preferiu colocar o Sheik na segunda linha de quatro marcadores, com Renato Augusto à frente. E os donos da casa até controlaram razoavelmente as ações com um a menos até o intervalo.

Foram várias as faltas na intermediária e os escanteios, mas nenhuma batida foi bem encaixada. Ainda assim, já nos acréscimos, o Corinthians esteve perto do segundo gol com o melhor em campo. Após batida de lateral, Emerson recebeu de Renato Augusto, bateu da intermediária e acertou o travessão.

Goleada e vaga praticamente assegurada

Os visitantes voltaram com Arias no lugar de Balanta, na tentativa de aproveitar seu homem a mais, e estiveram perto do gol em mais um cabeceio de Penco, até ali livre com frequência e impreciso com frequência. Mas o Corinthians, ainda fechado em duas linhas, não se limitava a marcar.

Houve tentativas malsucedidas de contra-atacar até que Emerson armasse boa tabela com Fábio Santos pela esquerda e conseguisse escanteio. Jadson fez uma batida de qualidade, aos nove minutos, e o questionado Felipe usou de sua excepcional impulsão para marcar de cabeça.

O Once Caldas tentou nova cartada com Valoy, mais uma infrutífera. Aos 24, Fagner se enroscou com Murillo, ficou no chão e foi inteligente. Felipe agiu como um xerife, foi até o bandeira e cobrou que a infração do colombiano fosse dedurada. Murillo levou o segundo amarelo, e a disputa ficou em dez contra dez.

Logo na sequência, em uma jogada que começou com embaixadinhas de Emerson na esquerda, a Fiel foi ao delírio. A inteligente troca de passes terminou com Elias na cara do gol e o terceiro gol. O quarto, aos 33, teve toque de calcanhar de Renato Augusto para Fagner encobrir o goleiro.

Com a classificação praticamente assegurada, Tite gastou as suas substituições colocando Mendoza, Bruno Henrique e Edu Dracena. Nem a expulsão de Fábio Santos por entrada dura já nos acréscimos diminuiu a enorme jornada de dez homens, que jogaram não por 18 milhões, mas por mais de 30 milhões.

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