Esportes
Atuando em casa, o time espanhol contou com o apoio de seu torcedor no Estádio Vicente Calderón foi para cima, mas parou na forte marcação do adversário inglês
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Atlético de Madrid e Chelsea fizeram nesta terça-feira um jogo tenso e nervoso pelas semifinais da Liga dos Campeões da Europa. Atuando em casa, o time espanhol contou com o apoio de seu torcedor no Estádio Vicente Calderón completamente lotado e, na base da vontade, como quando eliminou Milan e Barcelona nas fases anteriores, foi para cima, mas parou na forte marcação do adversário inglês. Sem grandes chances de ambos os lados, o empate por 0 a 0 refletiu bem o que aconteceu em campo.
O resultado era o que o Chelsea queria. Tanto que o técnico José Mourinho deixou isso claro ao entrar em campo com um meio de campo defensivo, com David Luiz, Mikel, Ramires e Lampard, quatro jogadores que podem atuar como volantes. A equipe inglesa precisa agora de uma vitória simples na partida de volta, quarta-feira que vem, no Estádio Stamford Bridge, para chegar à decisão. Já o Atlético de Madrid vai para Londres precisando marcar gols e sabe que qualquer empate, desde que o placar de 0 a 0 não se repita, lhe dá a classificação.
Se levará um bom resultado para Londres, o Chelsea precisará administrar as baixas no elenco. A equipe pode perder três de seus principais líderes para o jogo de volta, já que Frank Lampard levou o terceiro cartão amarelo e está fora, enquanto Petr Cech e John Terry precisaram ser substituídos nesta terça-feira, todos lesionados. Mikel, também suspenso, será mais um desfalque. Pelo lado do Atlético de Madrid, o capitão Gabi é outro que cumprirá suspensão e não jogará.
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O jogo
Sensação da temporada, pela presença na semifinal da Liga dos Campeões e a liderança no Campeonato Espanhol, o Atlético ficou com a bola no início do jogo desta terça-feira, mas o Chelsea, muito fechado, não deixava os donos da casa atacarem. A primeira vez que Cech trabalhou foi também a última. Aos 14 minutos, após cobrança fechada de escanteio da esquerda, o goleiro precisou socar a bola rente ao travessão. Após um choque com Diego Costa, caiu de mal jeito, sentiu um problema no braço direito e precisou dar lugar ao veterano Schwarzer, de 41 anos.
Foi o lance mais emocionante do primeiro tempo. No restante dos 45 minutos iniciais, o que se viu foi uma sequência de tentativas frustradas de criação de jogadas do Atlético, que, em meio à retranca adversária, teve seu melhor momento em um chute de longe de Mario Suárez, que passou perto. Na única vez em que foi efetivo no contra-ataque, o Chelsea viu Ramires desperdiçar bom momento ao bater cruzado sem força.
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O início do segundo tempo ganhou em emoção. Se as equipes não criavam grandes momentos, ao menos demonstravam mais vontade. O jogo ficou brigado e o Atlético se animou. Aos nove minutos, Schwarzer saiu atrapalhado do gol, Diego aproveitou rebote, cortou David Luiz e bateu. Mas o goleiro se recuperou e defendeu firme.
A entrada de Arda Turán, recuperado de contusão, na vaga de Diego melhorou o Atlético, que, na base da empolgação, foi para cima do Chelsea e incendiou a torcida. O time inglês respondeu com uma alteração ofensiva. Lesionado, Terry precisou deixar o gramado e Mourinho optou pela entrada do meia Schürrle em seu lugar.
Mas quem levou perigo foi o Atlético, do técnico argentino Simeone. Aos 30 minutos, Gabi bateu falta de longe no cantinho de Schwarzer, que precisou se esticar para espalmar. Aos 33, Juanfran foi à linha de fundo e cruzou na cabeça de Arda Turán, que finalizou para fora. Os últimos minutos foram do time espanhol alçando bolas na área do Chelsea, que rebateu todas e garantiu o resultado.
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