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O São Paulo passou uma temporada toda sem encontrar alguém que pudesse substituir Lucas - ou se aproximar do que fazia até o fim dede 2012 o meia-atacante negociado com o Paris Saint-Germain. Segundo o goleiro Rogério Ceni, ele representava 40% do time. Parcela que, após um ano de sua saída, a diretoria ainda não preencheu.
"Vamos ter que nos adaptar sem ele. Não tenho vergonha de falar que ele vale 40% do nosso time. Com ele em campo, todos somos coadjuvantes do seu talento e comprometimento. É um caso sério para se pensar", anteviu o camisa 1, logo após o título da Copa Sul-americana, em dezembro.
Como no início de 2013, a solução volta a ser Eduardo Vargas, que poderia atuar na beirada do campo, no esquema 4-2-3-1. A dificuldade para contratar o atacante chileno que pertence ao Napoli, no entanto, segue a mesma. O São Paulo não quer pagar pelo empréstimo o que o clube italiano exige, ainda mais com a ressalva de liberá-lo na metade do ano caso surja uma proposta do exterior para venda em definitivo.
Em janeiro deste ano, o jogador esteve muito próximo de acertar com o clube paulista, mas, a partir do vazamento da negociação, diversas outras equipes também procuraram o Napoli. Confiante pelo múltiplo assédio, ele teria passado a fazer uma reivindicação atrás da outra. O presidente Juvenal Juvêncio se irritou e ordenou a Adalberto Baptista, então diretor de futebol, que desistisse. Vargas acabou sendo emprestado ao Grêmio por uma temporada.
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Para o setor, o São Paulo apostou em nomes de pouco ou nenhum renome, como Wallyson, Negueba, Silvinho e, já no segundo semestre, Welliton. Nenhum deles vingou como se pretendia - com nenhum dos três treinadores que passaram pelo clube ao longo dos 12 meses (Ney Franco, Paulo Autuori e Muricy Ramalho). Diante da impossibilidade de repetir o esquema campeão da Sul-americana de 2012 e do fracasso ofensivo em geral, Vargas voltou a ser a bola da vez.
Já sem Adalberto, que deixou a diretoria de futebol e hoje tem função administrativa no clube, a pessoa designada para contratar Vargas desta vez foi Gustavo Viera. O remunerado gerente executivo de futebol, anunciado depois da saída de Adalberto, viajou nesta semana para a Itália, a fim de tentar atravessar o interesse do Santos pelo atacante da seleção chilena.
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Antes de fazer parte da diretoria, Gustavo já auxiliava Adalberto na amarração dos contratos como advogado. Agora, sua missão é mostrar que pode ser tão bom negociador quanto era o ex-diretor, segundo dizem Juvenal e seus aliados. Além de desbancar o Santos, ele terá que agradar não apenas ao Napoli, mas principalmente ao quase sempre insatisfeito presidente são-paulino.