No Brasil, que abriga 18% da diversidade de aves do mundo, o grande destaque é justamente o estado de São Paulo / Márcio Ribeiro/Diário do Litoral
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O estado de São Paulo conta com uma nova potência para impulsionar o setor econômico: o turismo de observação de pássaros, conhecido mundialmente como birdwatching.
Atualmente, a prática reúne ao menos 100 milhões de observadores de aves em todo o planeta.
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Diante dessa legião de entusiastas, o mercado movimenta cerca de 90 bilhões de dólares por ano — o equivalente a aproximadamente R$ 507 bilhões. Esse montante considera a atividade em escala global.
No Brasil, que abriga 18% da diversidade de aves do mundo, o grande destaque é justamente o estado de São Paulo.
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O território paulista se consolidou como um dos principais destinos para a observação de pássaros. Na região são mais de 50 parques estaduais e 824 espécies de aves catalogadas.
A Secretaria de Turismo e Viagens do Estado de São Paulo (Setur-SP) participa do maior encontro de observação de natureza da América Latina, a Avistar Brasil 2025, evento que acontece de 16 e 18 de maio e conecta 12 mil convidados e mais de 130 expositores no Jardim Botânico de São Paulo, na capital paulista.
Na ocasião, o secretário Roberto de Lucena, da Setur-SP, lança uma publicação eletrônica com sugestões de atividades em destinos de observação de aves.
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Os Roteiros de Observação de Vida Silvestre, como foi chamado, oferece opções de passeios em municípios das regiões turísticas do Litoral Norte, Mantiqueira Paulista, Circuito das Águas Paulista, Cuesta Paulista, Maravilhas do Rio Grande e Vale do Ribeira.
Nem tudo são flores no setor, e o cuidado ambiental continua sendo um pilar fundamental. Veja também que, em 2025, a observação de uma das aves mais raras do país será suspensa.
A Setur-SP ainda participa com uma palestra no Fórum Nacional de Turismo de Observação de Vida Silvestre, realiza atendimentos em seu estande e promove destinos ao lado de parceiros como Fundação Florestal, Parquetur, Polo de Turismo de SP, além de regiões como Litoral Norte, Lagamar, Águas Paulista, Mantiqueira Paulista e Rios do Vale.
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A atividade de observação de aves pode ser realizada a “olho nu”, mas seus adeptos costumam usar binóculos, cadernos de anotação, máquinas fotográficas e guias de aves. Alguns municípios paulistas, como Ubatuba, têm mais de 500 espécies de aves catalogadas.
São Francisco Xavier, distrito de São José dos Campos com relevo acidentado e permanência de extensos remanescentes florestais, favorece a visão de espécies ameaçadas de extinção como o sabiá-cica e o papagaio-de-peito-roxo, na presença de guias biólogos e trilhas consolidadas.
Até a cidade de São Paulo, conhecida pelos arranha-céus, abriga mais tipos de aves que todo o Chile ou Portugal: são 372 espécies catalogadas pela Divisão de Fauna Silvestre da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente.
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A variedade se deve a dois corredores verdes que passam pela cidade: as serras da Cantareira e do Mar, além dos mais de cem parques urbanos espalhados por seu território.
No litoral de São Paulo, as cidades de Bertioga, Itanhaém e Peruíbe são consideradas grandes referências no setor. Nesses municípios, a prática é bastante fomentada.