Economia

Fruto amazônico vira aditivo e pode transformar economia e construção civil do Brasil

Não é exagero afirmar que o cimento é uma das substâncias mais utilizadas em todo o planeta

Igor de Paiva

Publicado em 02/06/2025 às 08:15

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O fruto é conhecido por ser um grande aliado da indústria de cosméticos. / Divulgação

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O murumuru vem da floresta amazônica e é bastante conhecido no mercado de cosméticos. Agora, uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal do Pará (UFPA) descobriu que o fruto também pode ser utilizado na construção civil.

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Em resumo, o grupo de pesquisadores utilizou as cinzas do murumuru como uma espécie de aditivo ao concreto.

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Como já mencionado, por conta de suas propriedades hidratantes, o murumuru é amplamente utilizado na fabricação de sabonetes, cremes e xampus.

Além de melhorar o desempenho do cimento, essa descoberta traz benefícios ambientais e pode impulsionar o surgimento de novos mercados.

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Pesquisa

O artigo é oficialmente intitulado "Estudo da potencialidade da cinza da casca do murumuru, um resíduo agroindustrial amazônico, como filler no concreto estrutural" e foi defendido em 2022.

A escolha do fruto se deu devido ao grande volume de descarte e ao seu baixo aproveitamento.

A pesquisa teve início com a coleta das cascas e contou com o apoio de uma cooperativa responsável pelo processamento do fruto. Após serem queimadas a 200°C e peneiradas até se tornarem um pó fino, as cascas foram adicionadas ao concreto e às argamassas.

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Diversos testes foram realizados para garantir a qualidade do material incorporado. O avanço da ciência no Brasil pode trazer outros frutos. Veja também que uma Ilha perdida no Atlântico do tamanho da Islândia pode mudar economia do Brasil    

Alívio ambiental

Não é exagero afirmar que o cimento é uma das substâncias mais utilizadas em todo o planeta.

Apesar desse protagonismo, ele é responsável por uma quantidade alarmante de dióxido de carbono (CO), um dos principais gases responsáveis pelo aquecimento global.

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É justamente nesse ponto que a descoberta se destaca: afinal, a indústria do cimento responde por cerca de 8% de todas as emissões globais de CO.

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