Whindersson foi diagnosticado com a condição enquanto estava internado com alcoolismo / Imagem: Reprodução/Instagram
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O humorista Whindersson Nunes compartilhou recentemente seu diagnóstico de superdotação, chamando atenção para um fenômeno pouco discutido: adultos que convivem com altas habilidades sem saber.
A descoberta ocorreu durante sua internação em uma clínica psiquiátrica, revelando aspectos importantes dessa condição.
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Conforme explica a psicóloga Mayra Gaiato em seu canal do YouTube, especialista no tema, "ela não fica só fazendo o que ela já sabe e repetindo a ação dentro de uma mesma atividade. Ela cria, ela ousa, ela muda".
Essa característica criativa é um dos três pilares que definem a superdotação.
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Conheça também o empresário que descobriu Whindersson Nunes, Titulipa e Gkay.
A teoria mais aceita na psicologia atual reconhece múltiplos tipos de inteligência, desde a lógico-matemática até a artística e interpessoal. Estima-se que 3% a 10% da população possua alguma forma de superdotação, muitas vezes não identificada na infância.
Whindersson descreveu para o Fantástico uma característica comum: "Minha cabeça funciona em horários diferentes". Esse funcionamento mental diferenciado pode explicar tanto os talentos excepcionais quanto as dificuldades de adaptação enfrentadas por muitos superdotados.
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Segundo Gaiato, a superdotação se baseia em: habilidades muito acima da média em alguma área, alto nível de comprometimento com tarefas específicas e capacidade de execução criativa. Essas características podem se manifestar em qualquer campo do conhecimento.
O comediante relatou que "em relacionamentos, as pessoas têm horários, têm rotina, o que é difícil para mim". Essa diferença no processamento mental é típica de quem possui altas habilidades, muitas vezes levando a desafios sociais significativos.
A superdotação não diagnosticada pode resultar em isolamento e até depressão, conforme observado no caso de Whindersson. Adultos com altas habilidades frequentemente se sentem deslocados, sem compreender as razões de suas diferenças em relação aos demais.
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Como explica a psicóloga, na infância essas crianças "acabam sendo alvos de bullying, porque elas se destacam muito". Na vida adulta, o desafio se transforma, mas não desaparece, exigindo autoconhecimento e estratégias de adaptação.
O reconhecimento formal da superdotação pode trazer alívio e direcionamento. Além do autoconhecimento, o diagnóstico permite acesso a direitos específicos na educação e no trabalho, quando aplicável.
O caso de Whindersson Nunes mostra como a descoberta tardia pode ser transformadora. Para quem suspeita ter altas habilidades, a recomendação é buscar avaliação com profissionais especializados em desenvolvimento cognitivo e emocional.
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