Saiba mais sobre as novas regras para a pressão arterial e a personalização dos tratamentos de saúde / Freepik
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O Brasil atualizou as diretrizes para o diagnóstico da hipertensão, mudando a forma de avaliar a pressão arterial. O famoso 12 por 8, antes considerado normal, agora se enquadra na classificação de pré-hipertensão.
As novas regras, divulgadas no 80º Congresso Brasileiro de Cardiologia, endurecem as metas de controle para prevenir doenças.
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A meta agora é manter a pressão abaixo de 13 por 8 em todos os pacientes, independentemente da idade. Essa medida foi adotada para fortalecer a prevenção de doenças cardiovasculares, como o infarto e o acidente vascular cerebral (AVC). Essa nova abordagem alinha o Brasil a padrões internacionais.
A mudança de classificação tem um impacto significativo, pois a pressão alta é um dos principais fatores de risco para doenças graves. Ao antecipar o diagnóstico, os especialistas esperam reduzir a incidência de complicações e melhorar a qualidade de vida da população.
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Para muitas pessoas, a nova classificação exige um monitoramento mais rigoroso e mudanças no estilo de vida.
A principal mudança é a redefinição dos parâmetros. A faixa de pressão entre 12 por 8 e 13,9 por 8,9, que era vista como normal, agora é categorizada como pré-hipertensão.
Essa nova classificação exige maior atenção e, em muitos casos, a adoção de medidas de prevenção para evitar a evolução do quadro. A diretriz visa uma abordagem mais proativa, com foco na prevenção e não apenas no tratamento.
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Para as pessoas que antes tinham uma pressão considerada limítrofe, essa nova regra é um alerta.
A classificação de pré-hipertensão sinaliza a necessidade de buscar orientação médica para um monitoramento mais frequente e a implementação de mudanças no estilo de vida, como a prática de atividade física regular e uma alimentação saudável.
Essa antecipação do cuidado busca reduzir as chances de infarto, AVC e outras complicações graves.
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As novas regras incluem o uso do escore PREVENT, uma ferramenta que calcula o risco cardiovascular de cada paciente em um período de 10 anos.
O sistema considera múltiplos fatores, como obesidade, colesterol, diabetes e até danos em órgãos já comprometidos. Esta abordagem permite que os médicos personalizem o tratamento de cada indivíduo.
Essa personalização do tratamento é fundamental para a medicina moderna. Ao invés de seguir protocolos genéricos, o profissional de saúde pode ajustar o cuidado para atender às necessidades específicas de cada paciente.
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Para quem tem maior vulnerabilidade, o tratamento pode ser intensificado, enquanto para os de baixo risco, a conduta pode ser menos invasiva. O resultado é um cuidado mais preciso e eficaz.
O documento também traz orientações específicas para o Sistema Único de Saúde (SUS), onde a maioria dos hipertensos recebe tratamento. As recomendações priorizam o uso de medicamentos já disponíveis na rede pública e o incentivo ao monitoramento domiciliar e ambulatorial.
Essas adaptações levam em conta a realidade do sistema de saúde brasileiro, garantindo que as diretrizes sejam aplicáveis e eficientes em larga escala.
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Outro avanço é o capítulo dedicado à saúde da mulher, com orientações para o uso de anticoncepcionais, gestação e menopausa. Essas recomendações reconhecem a influência dos fatores hormonais na pressão arterial feminina, exigindo uma abordagem diferenciada para cada fase da vida.
O objetivo é garantir um cuidado mais completo e seguro para as mulheres, prevenindo complicações futuras relacionadas à hipertensão.