A estimativa é que a Grande Pirâmide de Gizé tenha sido construída com cerca de dois milhões de pedras / Reprodução
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Por séculos, a origem dos construtores das pirâmides do Egito alimentou mistérios, suposições e até teorias inusitadas. Entre as mais conhecidas estão a de que os monumentos teriam sido erguidos por escravos ou, mais radicalmente, por civilizações alienígenas.
No entanto, novas descobertas arqueológicas ajudam a esclarecer essa questão de forma definitiva.
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Estudos recentes liderados pelo egiptólogo Zahi Hawass revelam que as gigantescas estruturas foram construídas por trabalhadores remunerados e especializados, que viviam em vilas próximas às pirâmides e recebiam alimentação, cuidados médicos e até honras póstumas, o que derruba de vez a hipótese do trabalho escravo.
As escavações conduzidas em Gizé e arredores identificaram uma verdadeira comunidade de trabalhadores. Foram encontrados túmulos preparados para esses profissionais, além de estruturas que funcionavam como áreas de descanso, venda de alimentos e até atendimento médico.
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A presença desses elementos reforça a ideia de que os operários eram tratados com dignidade e tinham um papel valorizado na sociedade egípcia da época.
Marcas e inscrições datadas de mais de 4.500 anos também foram localizadas, muitas delas na chamada Câmara do Rei, dentro da Grande Pirâmide de Gizé.
Os registros mostram detalhes do dia a dia do trabalho e ilustram o método de construção utilizado: rampas de entulho e lama eram usadas para transportar e posicionar os blocos de pedra.
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Embora o dinheiro ainda não existisse como conhecemos hoje, os construtores recebiam pelo seu trabalho com alimentos como tâmaras, legumes, carne e aves, além de tecidos, itens valiosos naquela sociedade. Há também indícios, ainda não confirmados, de que trabalhadores de cargos mais altos poderiam ter sido recompensados com terras.
A estimativa é que a Grande Pirâmide de Gizé tenha sido construída com cerca de dois milhões de pedras e funcionasse como monumento funerário para o faraó Quéops e sua família.
As novas descobertas reforçam a grandiosidade não apenas da obra, mas também da organização social e tecnológica do Antigo Egito.
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Apesar do avanço nas pesquisas, o sítio arqueológico onde estão os túmulos dos trabalhadores permanece fechado à visitação. Isso se deve tanto à necessidade de preservação quanto à continuidade dos estudos no local.