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Pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, identificaram uma possível causa para o declínio após os 35 anos de idade
Novos estudos apontam proteína relacionada ao envelhecimento cerebral / Reprodução/Freepik
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A partir dos 35 anos, é comum perceber pequenas falhas de memória e uma certa lentidão para recuperar informações.
São sinais naturais do envelhecimento do cérebro, um processo que, embora sutil no início, pode se intensificar com o tempo.
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Agora, pesquisadores da Universidade da Califórnia em São Francisco (UCSF), nos Estados Unidos, identificaram uma possível causa para esse declínio: a proteína FTL1, ligada ao metabolismo do ferro.
Publicado em 19 de agosto na revista Nature Aging, o estudo analisou cérebros de camundongos em diferentes faixas etárias. Os mais velhos apresentavam níveis mais altos da proteína FTL1, acompanhados por uma redução nas conexões entre neurônios e pior desempenho em testes de memória.
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Para entender melhor esse efeito, os cientistas aumentaram artificialmente a quantidade da proteína em animais jovens — e os resultados chamaram atenção. Com mais FTL1 no organismo, os cérebros desses camundongos passaram a se comportar como os de animais mais velhos, com menos ramificações neurais e menor complexidade.
O oposto também foi testado: ao reduzir a produção da proteína no hipocampo — região do cérebro ligada à memória — em camundongos mais velhos, houve melhora nas conexões neurais e na performance cognitiva. Além disso, o bloqueio da FTL1 ajudou a preservar o metabolismo cerebral, que costuma desacelerar com o avanço da idade.
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Por enquanto, os testes foram realizados apenas em animais. Ainda são necessários novos estudos para entender se os efeitos observados também ocorrem em humanos.
Mesmo assim, a descoberta é vista com otimismo pela comunidade científica, por abrir caminho para futuras terapias que possam retardar o envelhecimento do cérebro.
Enquanto a ciência avança, algumas estratégias já conhecidas ajudam a manter a saúde mental em dia. Exercícios físicos regulares, por exemplo, favorecem a formação de novas conexões entre os neurônios e ajudam a preservar o volume do hipocampo.
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Atividades que estimulam o raciocínio, como palavras cruzadas, sudoku, xadrez, pôquer e até videogames, também são boas aliadas. O xadrez, em especial, exige planejamento e pensamento estratégico, desafiando diversas áreas do cérebro e ajudando a manter a mente afiada por mais tempo.
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