O temido médico das experiências insanas, Jofef Mengele (ao centro) / United States Holocaust Memorial Museum
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Em 1979 uma morte inesperada marcou na história o capítulo final de um dos homens mais cruéis do Holocausto, Josef Mengele. Temidos nos corredores do campo de concentração de Auschwitz, o médico faleceu após se afogar na Praia da Enseada, em Bertioga. Mas como ele veio parar no Brasil?
Mengele era o responsável por separar quem iria trabalhar e quem iria direto para as câmaras de gás no campo de concentração nazista. Posicionado na plataforma onde chegavam os trens com prisioneiros, ele acenava com as mãos e ali decidia a vida de milhares de pessoas, o que lhe gerou o apelido de "anjo". Como ele fazia experimentos pseudocientíficos com muios os prisioneiro, só completaram seu apelido para "Anjo da Morte".
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Mengele era temido nos corredores de Auschwitz. Todos sabiam que entrar na sala onde ele estava significava, para muitos, o fim da vida. Experiências insanas e na maioria das vezes a sangue frio indicavam o DNA de um homem desprezível, frio e desprovido de sentimentos. Ele parecia sentir prazer ao ouvir os gritos de seus pacientes.
Em 1949, depois da derrota da Alemana nazista, o insano médico conseguiu escapar do julgamento que o levaria à forca e fugiu para a Europa. Mudou se corte de cabelo, deixou os cabelos mais curtos e decidiu, meses depois, se afastar mais de lá, chegando na Argentina no mesmo ano.
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Portando documentos falsos, Mengele chega ao Brasil e passa a morar em diversas cidades, como Poá, Serra Negra e Mogi das Cruzes.
Em 7 de fevereiro de 1979, enquanto nadava e curtia uma tarde de sol na Praia da Enseada, em Bertioga, no litoral de SP, Mengele sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC) e se afogou. Foi sepultado em Embu das Artes, também em São Paulo, sob a identidade falsa que carregava.
Em 1985 historiadores e investigadores alemães e brasileiros, que vinham pesquisando sobre o paradeiro do médico nazista, chegaram até o seu túmulo. Exumado e levado para um laboratório da Universidade de São Paulo (USP), seus restos mortais foram periciados e, assim, puderam concluir que aquele era mesmo o "Anjo da Morte".
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Anos depois, já com as técnicas de DNA disponíveis, reforçou-se a identidade de Mengele.