Para um termo se tornar uma palavra oficial do vocabulário do português do Brasil, segundo o Volp, ele deve seguir uma estabilidade e o uso contínuo na sociedade / Foto: Reprodução/Freepik
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"Disania", "terrir" e "pejotização" são três novas palavras que ainda não existem no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (Volp), mas estão em uma “lista de espera” aguardando a decisão dos lexicógrafos da Academia Brasileira de Letras (ABL). Se você não entendeu nada desses termos, não se desespere: a língua portuguesa está sempre se renovando, e é hora de desvendar esses mistérios!
Além dessas, outras cinco expressões aguardam ansiosamente para se tornarem oficiais no idioma. Prepare-se para atualizar seu vocabulário e entender o que a ABL avalia para que um termo seja incorporado.
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Afinal, a língua está em constante transformação, impulsionada por avanços tecnológicos, mudanças sociais e influências de outros idiomas. Esse dinamismo faz com que novos vocábulos surjam e, eventualmente, se consolidem no nosso dia a dia.
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Vamos conhecer de perto o significado desses termos que podem em breve fazer parte do seu dicionário mental. A disania, por exemplo, descreve uma dificuldade extrema de sair da cama pela manhã, mesmo após uma noite de sono. Já o terrir é um gênero de filme ou obra que mistura terror e humor. A pejotização, por sua vez, refere-se à prática de contratar um trabalhador como pessoa jurídica (PJ).
Mas a lista de espera não para por aí. Entre as outras palavras que estão na fila para entrar no vocabulário brasileiro, temos o microssono, que é um brevíssimo período de sono, geralmente de poucos segundos, que ocorre de forma involuntária. A retrofitagem descreve o processo de modernização de edifícios antigos, com a inserção de tecnologias e melhorias sem alterar a estrutura original.
Na área de segurança digital, a tokenização é o ato de substituir um dado sensível, como um número de cartão de crédito, por um código aleatório, o token, que não tem valor fora do sistema que o criou.
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O cordonel também está na lista, sendo uma lona têxtil revestida com borracha crua, utilizada principalmente no conserto e na vulcanização de pneus. E ainda o reclínio, a ação ou estado de inclinar-se, dobrar-se ou afastar-se de uma posição perpendicular, ou deitar-se.
Para um termo se tornar uma palavra oficial do vocabulário do português do Brasil, segundo o Volp, ele deve seguir uma estabilidade e o uso contínuo na sociedade. O Volp é o documento oficial que determina a grafia correta de uma palavra segundo a norma padrão do português brasileiro, sendo considerado a "lei da gramática".
Ao contrário de dicionários comuns, o Volp privilegia a norma culta, focando na forma correta de escrever, na flexão e na classe gramatical de uma palavra.
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Os principais critérios para incorporar um novo termo ao vocabulário brasileiro são rigorosos:
A língua está sempre se adaptando, e esse movimento gera novos vocábulos por meio de fenômenos como empréstimos linguísticos e neologismos técnicos. Essa constante transformação é impulsionada por fatores como avanços tecnológicos, mudanças sociais e influências de outros idiomas.
Os empréstimos linguísticos acontecem quando palavras de outras línguas são incorporadas ao português, a exemplo de "podcast", "bullying" e "emoji". Muitas vezes, essas palavras são adaptadas na pronúncia ou grafia, como "football" que virou "futebol". Algumas podem até mudar de sentido no novo idioma, como "deletar" ou "point", que ganham significados diferentes do original.
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Já os neologismos técnicos são criados por áreas como medicina, engenharia e direito, conforme novas técnicas e conceitos surgem. "Retrofitagem" e "cibersegurança" são bons exemplos disso. Assim, o surgimento contínuo de novas palavras reflete a dinâmica e a vitalidade do idioma português.