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Morcegos de 30 gramas podem ser a chave para a cura do câncer; entenda como

Pesquisa revela que morcegos vivem o equivalente a 180 anos humanos sem desenvolver tumores e isso pode ser a chave para tratamentos inovadores

Agência Diário

Publicado em 29/06/2025 às 12:04

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Pesquisa descobre como morcegos vivem décadas sem tumores e o que isso significa para nós / Miriam Fischer/Pexels

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Um estudo publicado na Nature Communications mostrou que certos morcegos vivem até 35 anos — o equivalente a 180 para humanos — sem câncer, mesmo com um metabolismo que deveria favorecer a doença. A descoberta pode transformar a luta contra tumores.

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Cientistas da Universidade de Rochester analisaram como esses animais, que pesam menos de 30 gramas, conseguem essa proeza. A resposta está em seus genes e em um sistema imunológico único.

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Caso você seja de Santos (SP), e esteja lendo esta reportagem, saiba o que fazer ao encontrar-se com um dentro de casa. Mas, caso você não seja de Santos, confira aqui dicas práticas para impedir que os morcegos entrem na sua casa.

Por que os morcegos quase não têm câncer?

O segredo está no gene TP53. Enquanto humanos têm duas cópias, os morcegos têm oito, o que cria uma barreira poderosa contra células defeituosas.

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Além disso, a telomerase – enzima que ajuda na renovação celular – permanece ativa neles por mais tempo. Normalmente, isso seria arriscado, mas o TP53 extra mantém tudo sob controle.

Imunidade forte e controle de inflamação

"Os morcegos têm um sistema imunológico altamente eficaz, que combate vírus e células cancerígenas com precisão", diz Vera Gorbunova, coautora do estudo, à CNN.

Enquanto humanos enfrentam inflamação crônica com a idade, os morcegos mantêm um equilíbrio perfeito, evitando danos ao DNA e reduzindo o risco de tumores.

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Como isso pode beneficiar a saúde humana?

A pesquisa pode levar a avanços significativos. Medicamentos que estimulam o TP53 já existem, mas os morcegos mostram que é possível aumentar sua eficácia.

Outra possibilidade é regular a telomerase para melhorar a regeneração sem aumentar o risco de câncer. "Se conseguíssemos replicar esses mecanismos, poderíamos criar terapias preventivas", afirmam os cientistas.

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