Foto mostra uma das espécies da sucuri-verde / Wikimedia Commons
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Cientistas de uma missão na Amazônia equatoriana fizeram uma descoberta que reescreve a taxonomia das anacondas. A identificação de uma nova espécie de sucuri-verde, Eunectes akayima, revelou um segredo genético fascinante que surpreendeu a comunidade científica.
A diferença genética entre essa recém-descoberta sucuri e a já conhecida Eunectes murinus atinge impressionantes 5,5%. Para contextualizar, essa divergência é maior do que a observada entre humanos e chimpanzés, destacando a singularidade da nova espécie.
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A descoberta, que muda o que se sabia sobre sucuris, foi publicada com o apoio da prestigiada revista científica Diversity. A expedição foi liderada pelo professor Bryan Fry, da Universidade de Queensland (Austrália), com apoio de pesquisadores internacionais , de acordo com o portal espanhol Los Andes.
Acreditava-se que as sucuris-verdes da América do Sul pertenciam a uma única espécie. A pesquisa recente, porém, revelou que a Eunectes akayima e a Eunectes murinus se distinguem geneticamente, embora permaneçam visualmente parecidas, um desafio intrigante para os cientistas.
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Estima-se que essas duas linhagens de sucuris tenham se separado há aproximadamente 10 milhões de anos, evoluindo em paralelo, mas em habitats distintos, sem que suas diferenças fossem notadas externamente. Isso demonstra a complexidade da biodiversidade amazônica, ainda cheia de surpresas.
O estudo aprofundado do DNA da Eunectes akayima demonstrou uma distinção evolutiva profunda da Eunectes murinus, apesar das similaridades visuais. A relevância dessa diferença é comparável e até superior à que existe entre espécies primatas próximas, como humanos e chimpanzés.
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A nova espécie, Eunectes akayima, não é apenas geneticamente única, mas também impressiona pelo tamanho e poder. Medindo 6,3 metros e pesando mais de 200 quilos, ela se consolida como a maior anaconda já documentada, dominando seu ambiente aquático.
Como um predador de topo, ela utiliza sua força para caçar mamíferos, aves, anfíbios e peixes. Ela não é venenosa então sua tática de caça consiste em se enrolar na presa e comprimir até que ela não consiga mais respirar.
Além deste animal, a Amazônia também é palco de muitos segredos e curiosidades, como o império de borracha americano que foi engolido pela floresta.
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