Desde 2014, o chamado "teste da linguinha" ajuda a detectar precocemente o problema / Freepik/rawpixel.com
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A língua presa, conhecida na medicina como anquiloglossia, é uma condição que pode afetar o desenvolvimento da fala, a alimentação e até a saúde emocional de crianças.
Causada pelo encurtamento do freio lingual, tecido que conecta a língua ao assoalho da boca, a alteração é mais comum do que se imagina e pode ser identificada logo após o nascimento, ainda na maternidade.
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Desde 2014, o chamado “teste da linguinha” ajuda a detectar precocemente o problema.
Realizado por profissionais como neonatologistas, fonoaudiólogos ou otorrinolaringologistas, o exame avalia a mobilidade da língua e possibilita que o tratamento seja iniciado ainda nos primeiros meses de vida. Isso é essencial, já que as crianças pequenas respondem melhor às intervenções.
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Entre os sintomas mais comuns estão a dificuldade para sugar, para colocar a língua para fora ou tocá-la no céu da boca, além de alterações na fala. Em muitos casos, a ponta da língua pode ter um formato de coração.
Crianças mais velhas, por sua vez, costumam desenvolver maneiras alternativas de se expressar, o que pode comprometer o processo de alfabetização e até provocar episódios de bullying.
O tratamento da língua presa depende do grau de comprometimento. Nos casos mais leves, são indicados exercícios de extensão da musculatura com acompanhamento de fonoaudiologia.
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Quando o encurtamento do frênulo impede a movimentação adequada da língua, pode ser necessária a intervenção cirúrgica.
Além dos impactos na infância, estudos apontam que a anquiloglossia pode estar relacionada a problemas respiratórios como ronco e apneia do sono na vida adulta.
Por isso, quanto antes o diagnóstico for feito, maiores são as chances de sucesso no tratamento e na prevenção de complicações futuras.
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