Como golpe de estorno em compras com cartão de crédito pode causar prejuízos / Reprodução/Freepik
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Uma empresa especializada na venda de churrasqueiras em Ottawa, no Canadá, perdeu milhares de dólares após cair em um golpe aplicado por um cliente. Mesmo com o produto entregue, o cliente contestou a compra de uma churrasqueira de alto padrão e obteve o reembolso total, apesar das provas de entrega.
De acordo com o presidente da empresa, o cliente ligou para a transportadora informando que sairia para buscar a filha e solicitou que a churrasqueira fosse deixada no portão dos fundos da residência — o que foi feito.
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Apesar do recibo, da prova de entrega e até de uma garantia registrada com o nome do cliente e o número de série do produto, o comprador alegou que nunca recebeu o pedido.
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Esse tipo de golpe, conhecido como “fraude amigável”, ocorre quando o cliente, de forma intencional ou equivocada, contesta uma compra legítima junto à operadora do cartão de crédito. Mesmo com evidências sólidas, como nota fiscal, comprovante de entrega e o registro do produto no nome do cliente, a administradora do cartão deu razão ao comprador.
O prejuízo para a empresa foi de aproximadamente três mil dólares. Quando um comerciante acumula muitos estornos (chargebacks), ele pode ser classificado como de alto risco, o que resulta em taxas mais altas junto às operadoras de pagamento.
A Federação Canadense de Negócios Independentes (CFIB) alerta que, embora novas tecnologias de pagamento estejam surgindo e possam, futuramente, reduzir os riscos para os lojistas, atualmente trata-se de uma situação extremamente arriscada.
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Segundo a CFIB, dois terços dos pequenos negócios no Canadá sofreram algum tipo de fraude nos últimos três anos, sendo os estornos fraudulentos uma das principais preocupações.
Outra loja, localizada na região da Grande Toronto, relatou perdas de cerca de 42 mil dólares em apenas seis semanas, prejuízos que também estariam ligados a fraudes desse tipo.
Diante do aumento nos casos, a CFIB afirma que a indústria de cartões de crédito e o governo precisam agir para proteger os pequenos empresários.
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