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Entenda como o hormônio do estresse bloqueia suas lembranças e descubra hábitos comprovados pela neurociência para turbinar a memória e evitar o temido 'branco' nas provas
Durante a maratona de estudos para as provas, o cérebro trabalha sob pressão, entender como ele reage e adotar hábitos que favorecem a memória pode ser o segredo para manter a calma e o foco / Tonodiaz/Freepik
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A época de vestibulares e provas de fim de ano já se aproxima, e sem dúvidas os estudantes passam a maior parte do tempo memorizando suas anotações e relembrando as matérias antigas. Mas você sabia que a memória para provas não depende apenas do quanto se estuda? Como seu cérebro funciona sob pressão também impacta os resultados.
Por isso é importante que estudantes passem seu tempo de revisão de maneira efetiva. A neurociência oferece estratégias práticas para construir uma memória mais resistente e melhorar uma performance sob pressão, já que, atualmente, conhecemos muito mais sobre como o estresse, sono, emoções e atenção molda o modo que aprendemos e lembramos de fatos.
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E mais: veja também o que a ciência descobriu sobre o poder do fungo Juba-de-leão e qual sua relação com a ansiedade e o TDAH.
Sabe quando dois minutos antes da prova você consegue explicar a matéria para qualquer um, mas assim que ela chega nas suas mãos, nada —"deu branco", "tela azul"— e você não consegue lembrar nem o nome direito? Isso acontece porque a memória é uma rede complexa que envolve diversas áreas do cérebro:
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E outra curiosidade: O que significa esquecer o nome das pessoas com facilidade, de acordo com a psicologia?
Durante exames, utiliza-se muito da memória de trabalho para manter e manipular informações e na memória de longo prazo, para retomar fatos e conceitos. Mas quando ficamos estressados, o corpo aciona um tipo de “alarme interno” chamado eixo hipotálamo-hipófise-adrenal (HPA) — um sistema que liga o cérebro às glândulas responsáveis por liberar hormônios.
Esse alarme faz o corpo produzir cortisol, o famoso hormônio do estresse, que prepara o organismo para reagir em situações de tensão, embora em pequenas doses, o cortisol seja útil, já que nos deixa mais alerta e com energia para resolver o problema.
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Porém quando o estresse dura muito tempo, e esse hormônio fica circulando demais, ele bloqueia o hipocampo e o córtex pré-frontal. Deixando mais difícil de relembrar informações e pensar com clareza, é por isso que estudantes podem esquecer tudo em momentos de alta tensão como provas.
Muitos hábitos comuns durante a temporada de provas podem sabotar a memória. Então aqui está uma lista do que não fazer, ou pelo menos evite:
E vale a pena conhecer também uma planta que você pode ter em casa e que ajuda a melhorar a saúde do cérebro e o humor.
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Algumas estratégias comprovadas pela neurociência podem ajudar os estudantes a proteger e melhorar a memória durante a época de provas. Então, procure realizar essas atividades:
Veja também o estudo que indica que esse alimento é capaz de regenerar neurônio e fortalecer a memória.
Em ambientes barulhentos, manter a concentração pode ser um desafio. Nesses casos, ouvir música pode ajudar — mas nem todo tipo de som tem o mesmo efeito.
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De acordo com um artigo sobre o congresso internacional da WSEAS (World Scientific and Engineering Academy and Society), durante a 13ª Conferência Internacional sobre Acústica e Música, o chamado Efeito Mozart, descrito pela primeira vez em 1993, sugere que ouvir a Sonata para Dois Pianos em Ré Maior (K.448) de Mozart pode temporariamente aumentar o desempenho em tarefas de raciocínio espacial.
Segundo um artigo de conferência, essa música ativaria áreas cerebrais ligadas ao processamento de padrões complexos, o que facilitaria a resolução de problemas e a memorização.
Com o tempo, o Efeito Mozart ganhou enorme popularidade, chegando a inspirar escolas e até políticas públicas. No entanto, estudos posteriores mostraram que o impacto da música de Mozart não é exclusivo nem duradouro — resultados semelhantes podem ocorrer com outras músicas que causem prazer e relaxamento.
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Hoje, pesquisadores entendem que o verdadeiro benefício está em como a música melhora o humor e reduz o estresse, criando um estado mental mais propício à concentração, e não em um “milagre neurológico” específico de Mozart.
Guilherme de Lazzari, reúne mais de três horas de músicas clássicas selecionadas para estudo e concentração:
Em resumo, lembrar do que se estuda não depende apenas de esforço, mas de equilíbrio. O cérebro precisa de tempo, descanso e cuidado para funcionar bem. Ao adotar hábitos que respeitam o ritmo natural da mente, os estudantes transformam o aprendizado em algo mais leve, duradouro e eficaz.
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