O termo foi alvo de debates nos últimos dias por conta de uma ação polêmica / Mart Production/Pexels
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Na última semana, uma vaga de emprego para "tirar o foco do cliente em relação aos moradores de rua e, posteriormente, realizar uma ação social com a prefeitura" gerou grande polêmica na internet. Nesse cenário, o Padre Júlio Lancellotti classificou a atitude como um exemplo de "aporofobia institucional".
O termo aporofobia, criado pela filósofa espanhola Adela Cortina — a partir das palavras gregas áporos (pobre) e phobos (medo) — refere-se à aversão aos pobres e às implicações dessa atitude na democracia.
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Esse preconceito pode ser alimentado pela falta de empatia e compreensão em relação às pessoas em situação de pobreza. Quando o ser humano é guiado pelo medo, torna-se incapaz de analisar os fatos com clareza ou desenvolver sentimentos de compaixão.
Assim, o indivíduo não enxerga o pobre como uma pessoa real, mas como uma ameaça estereotipada, projetando neles seus próprios medos e preconceitos.
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Entre as possíveis soluções para esse cenário estão uma educação ética, que conscientize sobre a importância da compaixão e da solidariedade, além de políticas públicas eficazes que assegurem uma renda mínima para a população em situação de extrema pobreza.
Um orçamento de R$ 115 milhões e uma equipe na ponta da linha formada por 16 funcionários para atender 1.542 pessoas em situação de rua em Santos. Em 2019, último levantamento realizado pela Prefeitura em parceria com a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), eram 868 pessoas vivendo nas ruas da Cidade.
O Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro POP), a principal iniciativa do Município que resgata pessoas e fica no bairro Vila Nova, região de grande vulnerabilidade social e concentração de pessoas em situação de rua, somente nos meses de janeiro e fevereiro, fez 1.958 atendimentos.
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