Prateleiras de café no Brasil podem ficar quase vazias no próximo ano / Imagem gerada por IA
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O Brasil, maior produtor e exportador de café do mundo, vinha projetando uma super safra de café arábica em 2026, com expectativa de recuperar estoques e atender a uma demanda internacional cada vez maior. A previsão animava produtores e o mercado, já que o café é um dos produtos agrícolas mais importantes para a economia nacional e símbolo cultural do país.
Mas o otimismo deu lugar à preocupação. O atraso nas chuvas em importantes regiões produtoras, aliado a temperaturas elevadas, começa a comprometer a floração do café. Esse processo é essencial para garantir bons frutos na colheita futura. Sem a regularidade climática necessária, a produção pode ficar aquém do esperado, frustrando o sonho da super safra.
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Se a colheita não for tão abundante quanto o previsto, os preços do café podem subir no mercado internacional, e o reflexo chega rapidamente ao consumidor brasileiro. Da cafeteria ao supermercado, o tradicional cafezinho pode pesar mais no bolso, reforçando como o clima afeta até os hábitos mais cotidianos.
Nos últimos anos, produtores têm buscado alternativas para conviver com a instabilidade climática: irrigação, variedades mais resistentes e manejo adaptado. Ainda assim, o café segue sendo altamente sensível a variações de chuva e temperatura, o que torna o futuro da produção uma incógnita.
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Se a super safra vier, será motivo de comemoração; se não, mais uma prova de que o clima é hoje o maior desafio para o grão mais querido do Brasil.