Uma pesquisa da RAC mostra que mais da metade dos motoristas do Reino Unido passou a dirigir menos ou deixou de pegar a estrada após o anoitecer por causa do ofuscamento / Freepik
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Os modernos faróis de LED, agora comuns nas estradas, estão gerando crescente preocupação por seu impacto na segurança durante a noite.
A combinação entre maior intensidade luminosa e a altura dos veículos vem tornando a condução noturna mais difícil e desconfortável, afetando tanto motoristas quanto motociclistas.
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A adoção acelerada dos faróis de LED aumentou significativamente a luminosidade nas vias. Relatórios do Departamento de Transportes britânico apontam que muitos modelos ultrapassam o limite crítico de 40.000 candelas/m².
Uma pesquisa da RAC mostra que mais da metade dos motoristas do Reino Unido passou a dirigir menos ou deixou de pegar a estrada após o anoitecer por causa do ofuscamento. Para motociclistas, a situação é ainda mais grave, já que ficam diretamente expostos ao feixe de luz de veículos mais altos.
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A falta de regulamentação específica para controlar essa luminosidade tem ampliado o problema.
O excesso de brilho compromete a visão, atrapalha reflexos e dificulta manobras em curvas, subidas ou em pistas molhadas. Muitos motoristas relatam que precisam reduzir a velocidade de forma brusca porque deixam de enxergar a estrada por alguns segundos — tempo suficiente para causar acidentes.
Para motociclistas, a posição mais baixa e o reflexo na viseira aumentam ainda mais o desconforto e a perda de visibilidade.
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Dados britânicos mostram que 20% das situações analisadas ultrapassam o nível considerado extremamente perigoso, com risco de desorientação e até cegueira temporária.
Sem para-brisa ou filtros que atenue a luz, motociclistas dependem apenas da viseira do capacete, que pode ter arranhões e reflexos que amplificam o problema. Em pistas molhadas ou curvas, o reflexo da luz se intensifica, aumentando a dificuldade de orientação e reduzindo a segurança. Muitos relatam que evitam pilotar à noite por causa disso.
Especialistas defendem que a regulamentação passe a considerar a luminância percebida, e não apenas a potência dos faróis. Entre as soluções, estão o desenvolvimento de faróis adaptativos, capazes de ajustar automaticamente o feixe de luz, e inspeções periódicas para verificar níveis de brilho.
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Motoristas e motociclistas também são incentivados a ficar atentos ao alinhamento dos faróis e a condições que possam aumentar o ofuscamento.