Da Draisiana de madeira às bikes modernas, conheça a evolução da bicicleta / Freepik
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Você já se perguntou qual foi a primeira bicicleta do mundo e como esse meio de transporte se transformou ao longo do tempo? A resposta guarda curiosidades fascinantes e uma linha do tempo cheia de mudanças inesperadas.
Mais do que um objeto de lazer ou prática esportiva, a bicicleta nasceu de necessidades reais, atravessou crises históricas e passou por invenções ousadas até se tornar o que conhecemos hoje. Até bondinho elas já viraram, conforme reportagem do Diário do Litoral.
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E o mais interessante: cada modelo reflete um pedaço da história, da sociedade e até mesmo da forma como vivemos em comunidade.
Em 1817, o alemão Karl Von Drais apresentou a Draisiana, considerada a primeira bicicleta do mundo. Feita de madeira, com rodas pesadas e sem pedais, ela era impulsionada pelos pés, como um “cavalo de pau” que pesava cerca de 25 quilos.
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O contexto da época ajuda a entender sua criação. Após uma grande erupção vulcânica, a escassez de alimentos levou à redução do número de cavalos, fundamentais no transporte. A Draisiana surgiu como alternativa engenhosa.
Apesar das limitações, essa invenção abriu caminho para a mobilidade individual sem animais de tração. Um conceito revolucionário para o século 19 e ponto de partida da bicicleta moderna.
Em 1866, o francês Pierre Lallement apresentou o Velocípede, primeira bicicleta com pedais. Ainda rudimentar, tinha manivelas ligadas à roda dianteira maior, mas oferecia pouco controle e nenhum sistema de freio.
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Poucos anos depois, em 1871, Kemp Starley, na Inglaterra, trouxe a famosa Ariel, com roda dianteira gigante. O design curioso chamava atenção, mas também exigia equilíbrio extremo de quem pedalava.
Esses modelos não eram os mais práticos, mas mostraram que a bicicleta estava em constante evolução. A cada inovação, mais pessoas se interessavam pela novidade.
Em 1885, Kemp Starley apresentou a Rover, a primeira bicicleta com rodas iguais, corrente e engrenagem. Era muito mais estável e eficiente, marcando o início da bicicleta como a conhecemos hoje.
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Esse modelo também abriu espaço para que mulheres começassem a pedalar, influenciando até mesmo a moda da época, já que o vestuário precisou se adaptar ao novo hábito.
A bicicleta deixou de ser apenas uma invenção curiosa e passou a ocupar lugar real no dia a dia, seja para deslocamento ou lazer.
No início do século 20, surgiram as bicicletas Tandem, que permitiam pedalar em dupla ou até em grupo. Logo depois, modelos infantis ganharam espaço, tornando-se símbolos de diversão para crianças.
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Nos anos 1960, surgiu a ideia de bicicletas comunitárias, disponíveis para qualquer pessoa usar e deixar para o próximo. Apesar da resistência inicial, essa proposta se espalhou e inspirou os sistemas de bikes compartilhadas atuais.
Já nos anos 1970, vieram as mountain bikes, as bicicletas de estrada e o BMX, cada uma com características próprias, dando origem a novas modalidades esportivas e transformando o ciclismo em paixão mundial.
No início dos anos 2000, surgiu a bike Flat Foot, feita para lazer e conforto. Com o selim mais baixo, permitia que o ciclista apoiasse os pés no chão sem esforço, trazendo mais segurança para paradas rápidas.
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O design também foi adaptado para estabilidade em baixas velocidades, mostrando que a bicicleta não para de se reinventar para acompanhar as necessidades da vida moderna.
Hoje, com modelos elétricos, dobráveis, compartilhados e até mesmo sem rodas, a bicicleta continua sendo símbolo de mobilidade sustentável, saúde e liberdade.