O Merthiolate traumatizou as crianças dos anos 80 e 90 / Reprodução/Roma Leilões
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Ele ardia como fogo. Brincar na rua e voltar machucado para casa era sinônimo de pânico, pois sabíamos que nossos pais dariam um jeito no ferimento aplicando o temido Merthiolate, um medicamento antisséptico que, além de combater bactérias e infecções locais, fazia a alma sair do corpo.
Ele surgiu primeiro na Universidade de Maryland por Morris S. Kharasch, e, pouco tempo depois, acabou omercializado pela empresa “Eli Lilly and Company”, ficando famoso mundialmente em meados de 1951.
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Mas a sua fama não se dava pela sua fórmula ou fabricante, mas sim pela ardência insuportável, cruel e insana que causava nos ferimentos. Não se sabia se era pior ficar com a dor pulsante da ferida ou passar pela sessão de tortura do Merthiolate.
O motivo da ardência do Merthiolate estava em seu princípio ativo, o Timerosal. Porém, estudos realizados no final dos anos 90 mostraram que ele não era mais tão eficaz contra alguns tipos de patógenos, perdendo boa parte da sua eficiência.
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Em 2001, no Brasil, foi determinada a troca da sua fórmula, ou o produto não poderia mais ser comercializado.
Tempos depois o Merthiolate voltava às farmácia, agora com uma composição que não arde, à base de digliconato de clorexidina, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água.
O antisséptico continua disponível para vendas pela internet e na maioria das farmácias, mas, desde 2001, sem traumatizar as gerações atuais com seu ardor agudo.
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E falando sobre medicamentos, eles já estão mais caros no Brasil desde o último dia 31, conforme texto que publicamos.