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Assopra que passa: por onde anda o Merthiolate, remédio que traumatizou gerações

O antisséptico mais temido pelas crianças e adolescentes dos anos 80 e 90 era a primeira escolha dos pais para tratar feridas e machucados

Jeferson Marques

Publicado em 08/04/2025 às 15:15

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O Merthiolate traumatizou as crianças dos anos 80 e 90 / Reprodução/Roma Leilões

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Ele ardia como fogo. Brincar na rua e voltar machucado para casa era sinônimo de pânico, pois sabíamos que nossos pais dariam um jeito no ferimento aplicando o temido Merthiolate, um medicamento antisséptico que, além de combater bactérias e infecções locais, fazia a alma sair do corpo.

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Ele surgiu primeiro na Universidade de Maryland por Morris S. Kharasch, e, pouco tempo depois, acabou omercializado pela empresa “Eli Lilly and Company”, ficando famoso mundialmente em meados de 1951.

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Mas a sua fama não se dava pela sua fórmula ou fabricante, mas sim pela ardência insuportável, cruel e insana que causava nos ferimentos. Não se sabia se era pior ficar com a dor pulsante da ferida ou passar pela sessão de tortura do Merthiolate.

Parou de arder

O motivo da ardência do Merthiolate estava em seu princípio ativo, o Timerosal. Porém, estudos realizados no final dos anos 90 mostraram que ele não era mais tão eficaz contra alguns tipos de patógenos, perdendo boa parte da sua eficiência.

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Em 2001, no Brasil, foi determinada a troca da sua fórmula, ou o produto não poderia mais ser comercializado.

Tempos depois o Merthiolate voltava às farmácia, agora com uma composição que não arde, à base de digliconato de clorexidina, hidróxido de sódio, ácido clorídrico e água.

O antisséptico continua disponível para vendas pela internet e na maioria das farmácias, mas, desde 2001, sem traumatizar as gerações atuais com seu ardor agudo.

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E falando sobre medicamentos, eles já estão mais caros no Brasil desde o último dia 31, conforme texto que publicamos.

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