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No Dia Internacional da Síndrome de Down é possível aprender sobre como não reproduzir um discurso parecido com o da Fernanda do BBB 24
Dia Internacional da Síndrome de Down é celebrado nesta quinta-feira (21) / Arquivo/Agência Brasil
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Datas comemorativas são importantes para lembrar o quanto ainda podemos aprender sobre um determinado assunto. Principalmente quando este assunto ainda gera muito preconceito, como é com a questão das pessoas com deficiência ou portadoras de síndromes diversas. Nesta quinta-feira, dia 21, a importância de falar sobre isto fica em evidência por se tratar do Dia Internacional da Síndrome de Down.
Ainda é mais significativo neste momento, já que Fernanda do BBB 24 fez todo o País comentar sobre a questão após insinuar que Beatriz tem um problema genético. “Eu acho essa menina dodói, cara. Acho ela dodói do tipo dodói. Está faltando cromossomo ali”, zombou. Nas redes sociais, internautas repudiaram a fala da participante e o preconceito com pessoas com deficiência.
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Capacitismo é a discriminação ou o preconceito contra pessoas com deficiência. Esta forma de opressão vai além de termos e olhares ofensivos. Ela pode ser encontrada também na ausência de PCDs (Pessoas com Deficiência) ocupando lugares na sociedade e no reforço de estereótipos que as diminuem e/ou as desumanizam.
Muito se fala sobre inclusão, mas algumas falas do dia-a-dia - enraizadas culturalmente na sociedade - também podem gerar desconforto e até serem encaradas como ofensas para as PCDs. Mudar este tipo de linguagem é só começo para promover uma mudança de atitude.
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Confira a seguir quais 10 falas capacitistas você pode excluir do seu vocabulário cotidiano:
1 - “Você é um exemplo de superação”
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Colocar pessoas com deficiências como heróis ou exemplos de superação não demonstra empatia por elas. Na verdade, esta postura evidencia ainda mais a falta de investimento nos espaços públicos para que estes fossem acessíveis a todos, não apenas para os corpos que são considerados dentro do padrão. PCDs não precisariam superar nada se fossem incluídos na sociedade.
2 - “Finge demência”
Esse termo estigmatiza pessoas que têm deficiência intelectual.
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3 - “Que mancada”
Essa expressão reforça o preconceito contra pessoas com deficiência física.
4 - “Tenho dois braços, duas pernas e não faço o mesmo”
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Este tipo de comentário surge muito em ano de Paraolimpíadas, que ocorrerá em 28 de agosto de 2024. A frase reforça o preconceito de que as pessoas com deficiência não são capazes de grandes feitos.
5 - “Dar uma de João sem braço”
Mais uma expressão corriqueira que evidencia o preconceito contra pessoas com deficiência física.
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6 - “Você é retardado”
Essa expressão diminui pessoas com deficiência intelectual.
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7 - “Está cego?” ou “Está se fazendo de surdo?”
Além de serem ofensivas, estas expressões associam pessoas com deficiência a desatenção.
8 - “Você faz mais do que pessoas sem deficiência”
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Falar desta forma coloca pessoas sem deficiência como melhores e com mais atributos do que PCDs.
9 - “Você é uma inspiração. Queria ter sua força”
Mais uma vez, uma expressão que coloca as pessoas com deficiência como heróis. É uma forma de olhar para elas como se fossem diferentes e como se não tivessem chance de serem bem sucedidas.
10 - “Não tenho pernas (ou braços) para isso”
Sim! Mais uma expressão popular que, além de inadequada, é preconceituosa.
Agora que você já sabe o que não falar e o porquê não reproduzir falas capacitistas, consegue lembrar de mais expressões comuns no seu dia-a-dia que precisam ser repensadas? Conte para nós.