Urticária aquagênica afeta menos de 100 pessoas no mundo / Foto: reprodução/Imagem gerada por IA
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Sim, é possível ter alergia à água. Apesar de extremamente rara, a condição chamada urticária aquagênica transforma o banho, a chuva e até o suor em verdadeiros desafios diários.
Com menos de 100 casos registrados no mundo, a doença provoca coceira e manchas após o contato com a água — mesmo que esteja limpa ou em pequenas quantidades.
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A alergia ocorre por uma resposta imunológica exagerada da pele. A simples exposição à água pode gerar inflamações e vergões em quem tem essa sensibilidade extrema.
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O nome técnico da condição é urticária aquagênica. Ela provoca reações como coceira intensa, manchas vermelhas e pequenas elevações na pele sempre que há contato com a água, seja quente ou fria.
Pesquisadores da Universidade Nottingham Trent explicam que o gene FABP5 está ligado à proteção da pele. Quando ele sofre mutações, a barreira natural da pele perde a capacidade de repelir a água — e isso ativa a inflamação.
“Pense no seu sistema imunológico como um guardião vigilante. Na urticária aquagênica, a água de alguma forma desencadeia uma resposta de alarme”, escreveram os cientistas Samuel J. Branco e Philippe B. Wilson em um artigo publicado.
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Além da predisposição genética, outros fatores como alterações hormonais, exposição a produtos químicos e até o clima podem agravar os sintomas da urticária aquagênica em pessoas suscetíveis.
Segundo os pesquisadores, “a raridade da alergia à água aumenta a sua mística”, já que ela afeta menos de 100 pessoas no mundo — tornando-se uma das formas mais raras de urticária conhecidas.
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O tratamento ainda é limitado, mas os anti-histamínicos e corticosteroides ajudam a aliviar temporariamente os sintomas. Cremes emolientes também podem ser aplicados para proteger a pele da água.
Uma terapia experimental que vem mostrando bons resultados é a fototerapia, que expõe a pele à luz ultravioleta para reduzir a inflamação e acalmar o sistema imunológico, segundo os especialistas.