O vereador também admitiu que passava os dados de uma outra pessoa para receber o dinheiro / Reprodução - MP-SP
Continua depois da publicidade
O ex-presidente da Câmara Municipal de Cubatão e também vereador, Ricardo Queixão (PSD), confirmou que recebia uma quantia mensal de R$5 mil de um empresário que possuía acordos com o legislativo municipal. O relato foi dado durante um depoimento ao Ministério Público de São Paulo (MP-SP). Ele foi preso no último dia 16, terça-feira, durante a Operação Muditia.
Na última terça-feira (27), durante uma audiência, o político disse que contava com uma “ajuda” mensal de Vagner Borges Dias, suspeito de participar de ações ilícitas e pertencer a uma facção criminosa. De acordo com o próprio Queixão, o dinheiro era pago via pix e era uma compensação por seu trabalho político, além do apoio a um deputado federal.
O vereador também admitiu que passava os dados de uma outra pessoa, como por exemplo, o de sua mulher. A justificativa para tal ação é que a movimentação facilitaria a ajuda para quem apoiava ele diariamente.
Somado a isto, ele afirmou ao MP-SP que o valor continuava sendo recebido mesmo após ter deixado o cargo de líder da Câmara e que ele não tinha ligação alguma com licitações. Em lágrimas, Queixão disse que nunca tinha se envolvido com esse tipo de negócio.
Ricardo Queixão foi denunciado oficialmente na quinta-feira (19), assim como outras seis pessoas, por fazerem parte de uma organização criminosa.
Continua depois da publicidade