07 de Maio de 2024 • 03:53
Até o momento, Juliana ainda não tem um diagnóstico / Arquivo Pessoal - Pamella Beatriz
“A minha luta com a Juliana começou no dia 7 de dezembro, quando ela passou mal de madrugada”. É com esse relato, marcado pelo sentimento de impunidade, que Pamella Beatriz, companheira de Juliana de Jesus Costa, procurou a Reportagem do Diário do Litoral, nesta terça-feira (2), para contar a batalha pela vida da jovem de 36 anos, no Hospital Modelo de Cubatão.
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Durante o atendimento inicial, a equipe médica recomendou o exame de sangue, por conta da suspeita de dengue. No entanto, a enfermidade não foi constatada. Com a negativa, os especialistas colocaram a chikungunya como principal razão do mal-estar sentido por ela. Juliana recebeu, então, a recomendação de tratar o problema em casa, bebendo bastante água e fazendo o uso do medicamento dipirona.
A recomendação foi seguida durante dois dias. Porém, os sintomas, como inchaço nos pés e fadiga, aumentaram gradativamente, o que fez Pamella levar Juliana ao médico diariamente até o dia 24 de dezembro. Desde então, ela segue internada.
EM BUSCA DA TRANSFERÊNCIA.
Até o momento, Juliana ainda não tem um diagnóstico. De acordo com Pamella, existe a necessidade de uma transferência para uma unidade hospitalar com maior capacidade, como a Santa Casa de Santos.
Entretanto, o sistema que permite a mudança segue uma fila de prioridade, fato que dificulta a transferência para o caso de Juliana.
Além disso, existe a necessidade de Juliana ser atendida por um hepatologista, médico especialista no estudo da região do fígado.
Segundo Pamella, a Prefeitura de Cubatão já sabe do caso e, de acordo com a gestão municipal, o profissional está sendo procurado, mas a busca ainda não obteve sucesso.
Ainda conforme conta a companheira, há a intenção de levar a paciente para a cidade de São José, no interior do Estado de São Paulo, com o objetivo de evitar custos com o tratamento.
APELO DA FAMÍLIA E DE AMIGOS.
Amigos de longa data e familiares abraçaram a causa e ajudam a divulgar a história. A irmã da paciente, Jessica de Jesus Costa, afirma que o sentimento vai além do receio pela vida da familiar.
“Além de muita tristeza, eu tenho indignação. Ela chegou a uma unidade de saúde, eles não fizeram nenhum exame e passaram medicamento sem nem saber o que ela tem exatamente. O sentimento que eu tenho é esse: tristeza e indignação”, disse.
Essa também é a perspectiva de Andreia Ferreira Mendes, amiga de Juliana. Ela ficou sabendo do problema através de uma mensagem de felicitações de réveillon de um ex-colega de trabalho de ambas. “Acabou meu primeiro dia do ano, na hora eu já comecei a chorar. Pra mim é um descaso, está doendo demais saber que a minha amiga está nessa situação. Ela é muito jovem e alegre, a Juliana sempre viveu a vida com muita intensidade e sempre sorrindo”, explicou.
Andreia tem receio de dormir e, ao acordar, receber a notícia da morte da colega. “Desculpa, eu estou decepcionada com os médicos e a medicina. A gente trabalha tanto e isso é descontado do nosso salário. São vidas, né?”, finalizou.
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