Cotidiano

Vida fora da Terra: planeta próximo à terra surge como possível lar extraterrestre

A busca por planetas que possam abrigar vida é uma das áreas mais fascinantes da ciência; este planeta se tornou forte candidato

Agência Diário

Publicado em 24/09/2025 às 11:24

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Impressão artística do TRAPPIST-1e / Imagem: NASA/JPL-Caltech

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Cientistas estão cada vez mais atentos aos indícios que possam apontar a existência de vida fora da Terra. A mais nova esperança da ciência é o exoplaneta TRAPPIST-1e, que, além de estar na zona habitável de sua estrela, pode ter uma atmosfera similar à do nosso planeta. O planeta está a "apenas" 40 anos-luz de distância.

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A busca por planetas que possam abrigar vida é uma das áreas mais fascinantes da ciência. E o exoplaneta TRAPPIST-1e se tornou um dos candidatos mais promissores. A equipe de Ryan MacDonald, da Universidade de St. Andrews no Reino Unido, fez descobertas que sugerem que o planeta pode ter uma atmosfera parecida com a da Terra,.

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O TRAPPIST-1e já era um candidato promissor por estar na zona habitável de sua estrela, onde a água pode ser encontrada em estado líquido. A nova descoberta, no entanto, leva a esperança de encontrar vida a um novo nível. Os resultados conclusivos, contudo, necessitam de mais observação e provavelmente devem sair em 2026. Entenda o que faz desse planeta tão especial.

Conceito artístico permite imaginar como seria estar na superfície do exoplaneta TRAPPIST-1f. A região do terminador divide permanentemente o lado diurno do noturno, criando áreas de gelo e água líquida / NASA/JPL-Caltech
Conceito artístico permite imaginar como seria estar na superfície do exoplaneta TRAPPIST-1f. A região do terminador divide permanentemente o lado diurno do noturno, criando áreas de gelo e água líquida / NASA/JPL-Caltech
Ilustração mostra o sistema TRAPPIST-1 a partir de um ponto próximo ao planeta TRAPPIST-1f. Alguns planetas provavelmente estão presos por acoplamento de maré, mantendo sempre a mesma face voltada para a estrela / NASA/JPL-Caltech
Ilustração mostra o sistema TRAPPIST-1 a partir de um ponto próximo ao planeta TRAPPIST-1f. Alguns planetas provavelmente estão presos por acoplamento de maré, mantendo sempre a mesma face voltada para a estrela / NASA/JPL-Caltech
Impressão artística mostra a visão logo acima da superfície de um dos planetas do sistema TRAPPIST-1, a 40 anos-luz da Terra. Sete planetas rochosos e de tamanho semelhante à Terra orbitam essa estrela ultrafria / ESO/N. Bartmann/spaceengine.org
Impressão artística mostra a visão logo acima da superfície de um dos planetas do sistema TRAPPIST-1, a 40 anos-luz da Terra. Sete planetas rochosos e de tamanho semelhante à Terra orbitam essa estrela ultrafria / ESO/N. Bartmann/spaceengine.org
Ilustração mostra como pode ser o sistema TRAPPIST-1, com base em dados sobre diâmetros, massas e distâncias dos planetas em relação à estrela. Todos os planetas são rochosos e similares à Terra. / NASA/JPL-Caltech
Ilustração mostra como pode ser o sistema TRAPPIST-1, com base em dados sobre diâmetros, massas e distâncias dos planetas em relação à estrela. Todos os planetas são rochosos e similares à Terra. / NASA/JPL-Caltech
Conceitos artísticos dos sete planetas do sistema TRAPPIST-1: três estão na zona habitável e todos são rochosos e similares à Terra / NASA/JPL-Caltech
Conceitos artísticos dos sete planetas do sistema TRAPPIST-1: três estão na zona habitável e todos são rochosos e similares à Terra / NASA/JPL-Caltech
O sistema TRAPPIST-1 possui sete planetas, três deles na zona habitável, onde a água líquida pode existir. As órbitas pequenas provavelmente mantêm sempre a mesma face voltada para a estrela, criando extremos de temperatura / NASA/JPL-Caltech
O sistema TRAPPIST-1 possui sete planetas, três deles na zona habitável, onde a água líquida pode existir. As órbitas pequenas provavelmente mantêm sempre a mesma face voltada para a estrela, criando extremos de temperatura / NASA/JPL-Caltech

Milhares de exoplanetas

Exoplaneta é o nome que damos aos planetas que se encontram fora do nosso Sistema Solar, orbitando outras estrelas. A NASA já confirmou a existência de mais de 6 mil exoplanetas somente na Via Láctea. O número de estrelas na nossa galáxia está na ordem das centenas de bilhões.

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O canal AstroTubers postou um vídeo explicando um pouco mais sobre o termo. Assista abaixo:

Se considerarmos que cada estrela pode ter um ou mais planetas ao seu redor, as estimativas calculam trilhões de exoplanetas somente na Via Láctea.

O sistema TRAPPIST-1, do qual o TRAPPIST-1e faz parte, é considerado próximo de nós em termos cósmicos, a uma distância de “apenas” 40 anos-luz. A Via Láctea possui cerca de 105 mil anos-luz de diâmetro.

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O sistema TRAPPIST-1 é formado por uma anã vermelha e por sete planetas que a orbitam. A sua proximidade com a Terra faz dele um alvo ideal para estudos com telescópios de última geração, como o James Webb.

Condições para vida

O planeta TRAPPIST-1e está na zona habitável, que é a distância ideal de sua estrela para que a temperatura seja amena o suficiente para a água ser encontrada em estado líquido. A presença de água em estado líquido é um dos fatores mais importantes para que a vida possa se desenvolver.

É por isso que os cientistas estão tão focados em encontrar planetas que estão nesta região, já que, até onde sabemos, a vida só consegue se desenvolver na presença de água.

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A pesquisa da equipe de Ryan MacDonald, da Universidade de St. Andrews no Reino Unido, revelou que o exoplaneta pode ter uma atmosfera parecida com a da Terra. Essa descoberta foi divulgada no The Astrophysical Journal Letters. 

O futuro da exploração

Caso a descoberta da atmosfera seja confirmada, o próximo passo da investigação será a busca por gases que retêm calor, como o metano e o dióxido de carbono. Se os cientistas encontrarem a presença desses gases, eles poderão estimar a temperatura de sua superfície. Caso o planeta possua uma temperatura semelhante à da Terra, as chances dele abrigar vida sobem bastante.

Ainda assim, os cientistas não conseguem afirmar com certeza a existência da atmosfera. O processo científico é lento e gradual, mas cada pequena descoberta é um passo a mais na direção de novidades incríveis.  

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A exploração espacial é uma jornada contínua e cada nova descoberta nos aproxima de responder uma das maiores questões da humanidade.

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