Impressão artística do TRAPPIST-1e / Imagem: NASA/JPL-Caltech
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Cientistas estão cada vez mais atentos aos indícios que possam apontar a existência de vida fora da Terra. A mais nova esperança da ciência é o exoplaneta TRAPPIST-1e, que, além de estar na zona habitável de sua estrela, pode ter uma atmosfera similar à do nosso planeta. O planeta está a "apenas" 40 anos-luz de distância.
A busca por planetas que possam abrigar vida é uma das áreas mais fascinantes da ciência. E o exoplaneta TRAPPIST-1e se tornou um dos candidatos mais promissores. A equipe de Ryan MacDonald, da Universidade de St. Andrews no Reino Unido, fez descobertas que sugerem que o planeta pode ter uma atmosfera parecida com a da Terra,.
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O TRAPPIST-1e já era um candidato promissor por estar na zona habitável de sua estrela, onde a água pode ser encontrada em estado líquido. A nova descoberta, no entanto, leva a esperança de encontrar vida a um novo nível. Os resultados conclusivos, contudo, necessitam de mais observação e provavelmente devem sair em 2026. Entenda o que faz desse planeta tão especial.
Exoplaneta é o nome que damos aos planetas que se encontram fora do nosso Sistema Solar, orbitando outras estrelas. A NASA já confirmou a existência de mais de 6 mil exoplanetas somente na Via Láctea. O número de estrelas na nossa galáxia está na ordem das centenas de bilhões.
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O canal AstroTubers postou um vídeo explicando um pouco mais sobre o termo. Assista abaixo:
Se considerarmos que cada estrela pode ter um ou mais planetas ao seu redor, as estimativas calculam trilhões de exoplanetas somente na Via Láctea.
O sistema TRAPPIST-1, do qual o TRAPPIST-1e faz parte, é considerado próximo de nós em termos cósmicos, a uma distância de “apenas” 40 anos-luz. A Via Láctea possui cerca de 105 mil anos-luz de diâmetro.
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O sistema TRAPPIST-1 é formado por uma anã vermelha e por sete planetas que a orbitam. A sua proximidade com a Terra faz dele um alvo ideal para estudos com telescópios de última geração, como o James Webb.
O planeta TRAPPIST-1e está na zona habitável, que é a distância ideal de sua estrela para que a temperatura seja amena o suficiente para a água ser encontrada em estado líquido. A presença de água em estado líquido é um dos fatores mais importantes para que a vida possa se desenvolver.
É por isso que os cientistas estão tão focados em encontrar planetas que estão nesta região, já que, até onde sabemos, a vida só consegue se desenvolver na presença de água.
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A pesquisa da equipe de Ryan MacDonald, da Universidade de St. Andrews no Reino Unido, revelou que o exoplaneta pode ter uma atmosfera parecida com a da Terra. Essa descoberta foi divulgada no The Astrophysical Journal Letters.
Caso a descoberta da atmosfera seja confirmada, o próximo passo da investigação será a busca por gases que retêm calor, como o metano e o dióxido de carbono. Se os cientistas encontrarem a presença desses gases, eles poderão estimar a temperatura de sua superfície. Caso o planeta possua uma temperatura semelhante à da Terra, as chances dele abrigar vida sobem bastante.
Ainda assim, os cientistas não conseguem afirmar com certeza a existência da atmosfera. O processo científico é lento e gradual, mas cada pequena descoberta é um passo a mais na direção de novidades incríveis.
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A exploração espacial é uma jornada contínua e cada nova descoberta nos aproxima de responder uma das maiores questões da humanidade.