13 de Outubro de 2024 • 00:45
Cotidiano
O conflito começou em 15 de março de 2011 com uma contestação pacífica que, diante da repressão pelo regime do presidente Bashar Al Assad, se transformou em uma guerra civil
A guerra civil na Síria fez mais de 210 mil mortos desde 2011, deslocando metade da população e deixando o país em ruínas.
O conflito começou em 15 de março de 2011 com uma contestação pacífica que, diante da repressão pelo regime do presidente Bashar Al Assad, se transformou em uma guerra civil.
Segundo o Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), que conta com ampla rede de ativistas e médicos em todo o país, 210.060 pessoas foram mortas entre março de 2011 e fevereiro de 2015. Mais de 30% das vítimas (65.146) eram civis, das quais 10.664 crianças.
Entre os combatentes do regime, 38.325 eram rebeldes sírios, enquanto 24.989, jihadistas estrangeiros.
Do lado dos aliados de Bashar Al Assad, os mortos incluíram 45.385 soldados, 29.943 milicianos, 640 membros do movimento libanês xiita Hezbollah e 2.502 milicianos xiitas de outros países.
O OSDH destacou que o balanço é provavelmente "muito maior".
Segundo a organização, 20 mil pessoas desapareceram das prisões da Síria desde o início do conflito, enquanto milhares, entre combatentes e civis, foram feitas reféns por grupos como o Estado Islâmico.
De acordo com dados da Organização das Nações Unidas (ONU), 11,4 milhões de pessoas fugiram de suas casas, sendo que quase 4 milhões deixaram o país e cerca de 1,2 milhão procuraram refúgio no Líbano, número que equivale a mais de um terço da população desse país.
O número também deve ser maior, já que há muitos sírios que não estão registrados, acrescenta a OSDH, relatando que aproximadamente 625 mil fugiram para a Jordânia, 245 mil para o Iraque e 137 mil para o Egito. De acordo com a organização, a Turquia informou ter aceitado 2 milhões de refugiados.
No interior da Síria, 60% da população, estimada em 23 milhões de habitantes, vivem na pobreza, segundo dados divulgados pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) em setembro passado. O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) informa que 2,4 milhões de crianças não podem ir à escola por causa da insegurança.
Especialistas dizem que o conflito fez com que a economia da Síria recuasse três décadas, com metade da população enfrentando o desemprego e com a maioria da infraestrutura destruída.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) informou que o Produto Interno Bruto (PIB) caiu mais de 40% e que a fatura da guerra chega a cerca de US$ 31 bilhões.
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