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O presidente do Sindicato dos Funcionários da Polícia Civil de Santos e Região (Sinpolsan), Márcio Pino, reafirmou ontem a fragilidade em que se encontra a investigação do Município por conta do plantão presencial, instituído há pouco tempo na Cidade, que obriga equipes inteiras a ficarem ‘paradas’ na Central de Polícia Judiciária (CPJ), no Centro da Cidade. A opinião de Pino vai ao encontro de denúncia divulgada pelo Diário do Litoral.
“Concordamos com a denúncia, pois sabemos que a CPJ foi criada devido à falta de funcionários, fato esse que, ao decorrer dos anos, somente se agravou devido aos afastamento de diversos policiais por doenças, principalmente acarretadas pelo estresse da sobrecarga de trabalho e a procura desesperada pela aposentadoria”, completou o presidente do Sinpolsan.
O sindicalista alerta que o relato dos policiais mostra que a Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP) prioriza atividades burocráticas prejudicando o bom andamento das investigações, acarretando aumento da criminalidade. “Para ser mais claro, as equipes de ronda foram criadas com o propósito de dar apoio às investigações cobrindo as áreas de abrangências dos seus distritos, o que não ocorre hoje, uma vez que estas estão sendo utilizadas como equipes auxiliares e apoio da Central de flagrante para atendimento do público, remoção de presos”.
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Trabalho comprometido
Segundo os policiais, o plantão estaria comprometendo o trabalho policial de rua, pois são obrigados a trabalhar como auxiliares de escrivães e segurança dos presos. Eles acreditam que o rendimento chega a cair, em média, 40%. “É impossível atender toda a demanda da Cidade parados em um local. A Polícia está investigando menos e a população não sabe disso”, garante outro policial.
Polícia responde
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A Polícia Civil já se posicionou sobre a questão, informando que, em julho, houve um reforço na equipe da Central de Polícia Judiciária nos períodos noturnos, feriados e fins de semana, contando com policiais da própria CPJ e de outras delegacias. Isso ocorreu porque a CPJ e o 1º DP estão alocados no mesmo prédio.
Com a nova escala, a Polícia garante que houve otimização do atendimento à população. A mudança foi feita após reunião com os policiais que trabalham na CPJ — investigadores, escrivães e delegados — quando houve consenso quanto à melhoria no atendimento ao público. O atendimento no 3º e 7º distritos não sofreu alteração.
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