Cotidiano
Apesar de ter corpo quase transparente e aparência delicada, o animal é considerado o mais venenoso do planeta, capaz de causar a morte de um ser humano em questão de minutos
A toxina da vespa-do-mar é extremamente potente e afeta diretamente o sistema nervoso e cardiovascular / Wikicommons
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O reino animal guarda segredos fascinantes – e perigosos. Entre as criaturas mais temidas está a vespa-do-mar (Chironex fleckeri), uma espécie de água-viva encontrada principalmente no Oceano Pacífico e no Índico. Apesar de ter corpo quase transparente e aparência delicada, o animal é considerado o mais venenoso do planeta, capaz de causar a morte de um ser humano em questão de minutos.
A toxina da vespa-do-mar é extremamente potente e afeta diretamente o sistema nervoso e cardiovascular. O contato com os tentáculos pode provocar dor intensa, necrose, paralisia, parada respiratória e até ataque cardíaco.
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Estima-se que a quantidade de veneno contida em um único exemplar seja suficiente para matar até 60 pessoas. Segundo relatos, a dor provocada é tão súbita e insuportável que pode levar a vítima ao choque, aumentando o risco de afogamento.
Corpo quase invisível, em formato de cubo, com até 20 centímetros.
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Tentáculos que podem atingir três metros de comprimento e carregam milhares de células urticantes chamadas cnidócitos.
Abundância em regiões do nordeste da Austrália, especialmente entre outubro e maio, período reprodutivo em que se aproximam da costa.
O escritor Bill Bryson descreveu a vespa-do-mar como “uma mancha transparente em forma de cubo”, ressaltando a letalidade de seus nematocistos, estruturas microscópicas que injetam veneno com a rapidez de um arpão.
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Na mesma região australiana, os banhistas também convivem com a diminuta irukandji (Carukia barnesi), outra medusa responsável por uma síndrome grave identificada em 1922. A chamada síndrome de Irukandji provoca taquicardia, cãibras, náuseas, hipertensão e a sensação de “morte iminente”.
Autoridades costeiras australianas reforçam a prevenção contra ataques da vespa-do-mar. Algumas medidas incluem:
Evitar nadar em áreas onde há registros da espécie, especialmente em épocas de reprodução.
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Usar roupas de proteção ao entrar no mar.
Atentar-se às redes de contenção e placas de aviso instaladas em diversas praias.
Buscar atendimento médico imediato em caso de contato.
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Em hipótese alguma deve-se esfregar a região atingida, já que isso pode intensificar os efeitos do veneno.
A presença da vespa-do-mar reforça como o mar esconde belezas e ameaças invisíveis. Discreta e quase imperceptível, essa espécie continua sendo um lembrete mortal de que, no oceano, a cautela é tão importante quanto a admiração pela vida marinha.
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