Cotidiano

Professor é um dos maiores colecionadores de selos no Brasil

Professor e maestro possui uma das mais valiosas coleções de selos no Brasil

Nayara Martins

Publicado em 18/08/2025 às 07:30

Compartilhe:

Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Facebook Compartilhe no Twitter Compartilhe por E-mail

Marcos Sergl mostra parte de seu grande acervo da coleção de selos; alguns deles são valiosos, como os da época do Brasil Colônia / Nair Bueno/DL

Continua depois da publicidade

Transformar um hobby de infância em um trabalho de arte e dedicação. Essa é a história do colecionador de selos e professor de música Marcos Júlio Sergl, de 71 anos, de Itanhaém, no litoral de São Paulo, que possui um dos maiores acervos do Brasil.

Faça parte do grupo do Diário no WhatsApp e Telegram.
Mantenha-se bem informado.

Ele se dedica à filatelia – a arte de colecionar selos, desde os 7 anos, na infância. Esse hobby foi passado pelo seu avô com quem aprendeu a se apaixonar pelos selos.

Continua depois da publicidade

Leia Também

• Edição de colecionador de vencedor do Oscar bate recorde histórico

• TV de bolso, relíquia dos anos 1980, vira item de colecionador e pode valer muito

• Colecionador quer presentear Museu com fotos e troféu autografado pelo Rei Pelé


Após se aposentar em São Paulo, Marcos Sergl e sua esposa vieram morar em Itanhaém. Ele prestou um concurso público e, hoje, atua como professor de música na rede municipal de ensino de Mongaguá. Também é maestro em um coral para pessoas acima de 70 anos, em São Paulo. 

lém de sua paixão por selos, Sergl também tem outras coleções, como a de conchas marítimasAlém de sua paixão por selos, Sergl também tem outras coleções, como a de conchas marítimas/Nair Bueno - DL


Atualmente, ele possui um dos maiores e mais valiosos acervos do Brasil, com cerca de 100 mil selos de vários países. São 80 álbuns profissionais, cada um com até 1500 selos. 

Continua depois da publicidade


“Meu bisavô já era colecionador de selos, meu avô tornou-se um colecionador profissional e meu pai passou o material para mim. Como toda criança, aos 7 anos, já comecei a colecionar, de forma lúdica. Me interessei e hoje pertenço à Sociedade Philatelica Paulista”, explica.


Na região da Baixada Santista há poucos colecionadores de selos. As pessoas, segundo Sergl, podem colecionar selos como um hobby ou como um investimento.  
“Coleciono selos de três países - Alemanha, Áustria e Brasil. É um hobby bastante caro e não é acessível a todas as pessoas”, salienta. 


Em um dos álbuns referente ao Brasil estão os três primeiros selos emitidos no País e sem carimbo, considerados os mais raros – Olhos de Boi e os Inclinados, do ano de 1843. 

Continua depois da publicidade


Há ainda outros selos referentes ao período do Brasil Colônia, também bastante raros.
Outro álbum de Sergl possui selos do período entre 1982 e 1986, com registros de histórias marcantes do Brasil. Uma das coleções é referente a várias modalidades e competições esportivas ocorridas no ano de 1983.


Em 2024, a Universidade Mackenzie, de São Paulo, completou 154 anos e lançou um selo. Sergl afirma que esse selo custava R$ 10,00, mas, em dois anos, já vai valer R$ 500,00.

Veja também: TV de bolso, relíquia dos anos 1980, vira item de colecionador e pode valer muito     

Continua depois da publicidade

Nazismo

Um dos álbuns mais interessantes é referente ao período do Nazismo, na Alemanha, entre os anos de 1933 e 1945. Sergl esclarece que trata-se de um álbum especial com uma dedicatória do ex-presidente Adolf Hitler. 


“Hitler havia mandado fazer 50 álbuns de selos com a sua dedicatória. Eles contam a história da Alemanha entre 1933 e 1945, durante a época do nazismo”, completa.
Os álbuns mais valiosos de Sergl são guardados em cofres com aquecedores, em um dos cômodos de seu apartamento, para garantir a conservação. 

O colecionador participa de vários encontros na Sociedade Philatelica Paulista, em São Paulo. E acontecem uma vez ao mês, reunindo colecionadores do Brasil e do mundo, com diversas palestras e workshops. 

Futuro colecionadores

Marcos Sergl também dá algumas dicas aos futuros colecionadores de selos. 
“As pessoas interessadas devem começar a coleção de selos brincando, sem grandes preocupações. Hoje existe a internet e a pessoa pode acessar correios agência central de Brasília, para comprar os selos. E ainda procurar as lojas filatélicas em São Paulo”, esclarece.

Continua depois da publicidade

Marcos Sergl mostrou parte de seu acervo ao Diário do Litoral/ Nair Bueno - DLMarcos Sergl mostrou parte de seu acervo ao Diário do Litora/Nair Bueno - DL

O colecionador pode ter sua coleção sobre fatos marcantes de países ou sobre temas específicos, como flores, futebol e outros. 

“A Filatelia é a arte de colecionar selos, mas pode ser uma forma de relaxamento ou terapia. Digo sempre aos meus alunos que eles podem pagar um psicólogo ou colecionar selos”, frisa.

Além de sua paixão por selos, Sergl tem outras coleções, como a de conchas marítimas de vários países e, ainda, a de peixes e árvores petrificadas, referentes à pré-história. 

Licenciado em Música, Marcos Sergl tem mestrado, doutorado em artes e pós-doutorado em Comunicação, na Escola de Comunicação e Artes (ECA), na Universidade de São Paulo (USP). 

Mais Sugestões

Conteúdos Recomendados

©2025 Diário do Litoral. Todos os Direitos Reservados.

Software