Cotidiano
Segundo especialistas, a nova estação deve favorecer a safra de frutas, legumes e verduras, contribuindo para a redução dos preços de itens básicos da mesa das famílias
Segundo especialistas, a nova estação traz condições ideais para colheitas, ampliando a oferta e reduzindo preços em supermercados e feiras / Freepik
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Com a chegada da primavera, o consumidor brasileiro pode encontrar um alívio nas prateleiras dos supermercados. Segundo especialistas, a nova estação deve favorecer a safra de frutas, legumes e verduras, contribuindo para a redução dos preços de itens básicos da mesa das famílias — em um cenário em que economizar virou regra entre os lares.
Veja quais alimentos ficarão mais caros e mais baratos nos supermercados
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De acordo com o IBGE, o IPCA-15, prévia da inflação oficial do País, registrou deflação de 0,14% em agosto. No grupo de Alimentação e Bebidas, a queda foi ainda mais acentuada (-0,53%), com destaque para alimentos consumidos em casa (-1,02%). Entre os itens que puxaram essa redução estão manga (-20,99%), batata-inglesa (-18,77%), cebola (-13,83%), tomate (-7,71%), arroz (-3,12%) e carnes (-0,94%).
Já a alimentação fora do domicílio seguiu o caminho contrário, com alta de 0,71% no mês, impulsionada pelos lanches (1,44%) e refeições (0,40%).
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Segundo especialistas, a nova estação traz condições ideais para colheitas, ampliando a oferta e reduzindo preços em supermercados e feiras. Devem apresentar valores mais atrativos:
Frutas: manga, melão, morango, banana nanica, mexerica murcot, uva, mamão, abacaxi, pêssego e jabuticaba.
Hortaliças e legumes: tomate, pimentão, berinjela, repolho, alface, couve e alho nacional.
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'O aumento da oferta impacta diretamente o preço. O consumidor percebe rapidamente qualquer diferença e usa esses produtos como parâmetro para avaliar se um supermercado é caro ou barato', explica Leandro Rosadas, especialista em gestão de supermercados.
Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) mostram que o consumo nos lares cresceu 2,63% no primeiro semestre de 2025. Uma das explicações está no novo comportamento das famílias: 62% dos cariocas afirmam estar pesquisando promoções em mais de um mercado, segundo a Asserj.
A professora Cecília Pinto Pessoa da Silva, 34 anos, confirma a mudança no dia a dia: “Tenho comprado apenas o necessário e ido em mercados de bairro ou mais baratos. Também passo a optar por marcas mais em conta e aproveito os dias de promoção para carnes e hortifruti”.
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O custo da cesta básica, ainda alto, mostra sinais de recuo. No Rio, segundo a FGV Ibre, o preço caiu 1,08% em julho, acumulando redução de quase 6% no semestre, chegando a R$ 958,90 — o menor valor do ano. Apesar disso, a capital continua entre as cidades mais caras do Brasil.
Para a educadora financeira Bia Barkus, disciplina e planejamento são as chaves para gastar menos:
Fazer lista de compras e definir limite de gastos;
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Planejar o cardápio semanal para evitar desperdícios;
Aproveitar dias de promoção e comparar preços por quilo ou litro;
Apostar em marcas próprias, até 30% mais baratas;
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Combinar compras mensais (para não perecíveis) com semanais (para frescos).