Prefeitura promete afastar usuários de drogas e moradores de rua do VLT

A situação dos moradores de rua e usuários de droga que se abrigam no entorno do túnel do VLT, próximo à estação Nossa Senhora de Lourdes, pode mudar em breve. Na manhã de ontem, o prefeito de Santos, Paulo Alexandre Barbosa, se reuniu com os moradores do bairro José Menino e outras autoridades para discutir mudanças no local, que obrigarão essas pessoas a saírem dali.

A ideia é fazer planos inclinados no túnel, impedindo assim a acomodação da população em situação de rua. A Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos de São Paulo (EMTU) - responsável pela área - fará um projeto para o local e a Prefeitura de Santos será a responsável por realizar a obra.

"A EMTU precisaria fazer o projeto, autorizar, licitar e contratar uma empresa para realizar a obra, o que levaria muito tempo, por isso a Prefeitura ficará responsável pelos trabalhos", esclareceu o prefeito. "Essa é uma área que tem que ter uma especial atenção do poder público, então estamos discutindo uma ação integrada entre Prefeitura, EMTU, Polícia Militar e uma série de secretarias municipais", completou.

Carlos Romão Martins, gerente responsável da EMTU pela implantação do VLT na Baixada Santista, explicou que o projeto deve ficar pronto em 20 dias. "A ideia é fazer algo que iniba a permanência dessas pessoas dentro do túnel".

O prefeito garantiu que, a partir de segunda-feira, a Guarda Civil Municipal (GCM) ficará o dia inteiro na Rua Santa Catarina. "Posteriormente, a Polícia Militar também ficará no local ininterruptamente. Só a presença da Guarda Municipal e da Polícia Militar já vai inibir as ocorrências que estamos vendo aqui".

De acordo com João Laureano dos Reis, presidente da Associação dos Moradores Pé na Areia, do José Menino, os usuários de drogas intimidam, exigem dinheiro e cometem diversos roubos. "Está bem complicado, desde a criação do VLT estamos sofrendo com isso. A segurança é o nosso maior problema", conta.

Questionado sobre os planos da Prefeitura para que o problema não mude de endereço apenas, Paulo Alexandre disse que espera que a população de rua e os usuários de droga possam migrar para os atendimentos da Administração Municipal.

"Aqui nós temos o Consultório de Rua, temos equipes de abordagem e não faltam vagas nos abrigos da Prefeitura. Temos serviços de acolhimento para todos e a gente espera que, com essas mudanças, as pessoas possam fazer a adesão aos serviços da Administração Municipal", explicou. "Não é só uma proposta de ocupação, mas também a oferta de serviços da Prefeitura. E nós vamos estimular a adesão dessas pessoas que estão aqui, vamos ofertar tratamento e cuidado para elas", finalizou.