28 de Março de 2024 • 05:53
Após duas horas de negociação em 27 de março, a Prefeitura de Guarujá ficou de apresentar, nesta quarta-feira (8), sua contraproposta para renovação do acordo coletivo de trabalho do funcionalismo, segundo o Sindicato dos Funcionários Públicos da Prefeitura Municipal de Guarujá.
Com data-base em abril, a categoria reivindica correção salarial de 12,14%, correspondente à soma do índice inflacionário de 12 meses previsto para abril, de 7,14%, mais 5% de reparação de perdas anteriores.
Aprovada em 25 de fevereiro, a pauta registra ainda aumento do auxílio alimentação de R$ 480 para R$ 550 e incorporação aos salários do abono de R$ 200, conquistado em 2014.
Os servidores querem também a elevação do salário família e do salário consorte de R$ 20 para R$ 40. Esses dois últimos benefícios não são reajustados há décadas.
Em 27 de março, a negociação da Prefeitura com os sindicatos dos servidores (Sindserv) e dos professores (Siproem) terminou como começou: sem contraproposta.
A maior parte do tempo foi ocupada pelo secretário municipal de Finanças, Armando Luiz Palmieri, que falou sobre dificuldades da Prefeitura para atender as reivindicações dos trabalhadores.
8 e 9 de abril
Ao final, pressionados pelos sindicalistas e integrantes das comissões de base das duas entidades, Palmieri e o secretário de Administração, Juliano Oliveira de Souza, concordaram em apresentar uma contraproposta às reivindicações econômicas da categoria em 8 de abril.
Os sindicalistas decidiram que, nessa data, nem sentarão para conversas sobre a contraproposta, preferindo simplesmente pegá-la, por meio de protocolo, e apresentá-la em assembleias já marcadas para 9 de abril, que cai na segunda quinta-feira do mês.
Durante a reunião, o secretário de Finanças alegou “período incerto em nível nacional, que respinga nos municípios”, e “reflexos da crise econômica no Guarujá”. Palmieri ponderou que “o momento é difícil, pois a Prefeitura não tem segurança sobre o que acontecerá no decorrer do ano”.
Márcia Rute, por sua vez, expôs que os sindicatos “ficam em situação difícil. Como vamos falar para 104 categorias, que somam mais de 6 mil servidores, que nem a reposição inflacionária a Prefeitura se compromete a conceder? Queremos uma definição imediata”.
A sindicalista lembrou que as demais cidades da Região concederam correção salarial além de 7%: “Santos, por exemplo, chegou a 8%, sendo 6,5% de reposição inflacionária, mais 1,5% de aumento real. Será que apenas o Guarujá está em crise? Não é possível. Não aceitamos”.
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