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Cotidiano

Poupar o 13º salário é o melhor negócio

Educadora financeira dá dicas sobre o que fazer com o dinheiro extra; guardar reservas e pagar dívidas com cautela estão entre as opções

Publicado em 08/12/2014 às 10:11

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Muitos trabalhadores já receberam o 13º salário. Outros ainda esperam o pagamento da segunda parcela, que deve ocorrer até o próximo dia 20. A pergunta que fica é: o que fazer com o dinheiro extra? Segundo especialistas, poupar ainda é o melhor negócio.

O analista de sistemas Willian Paes, de 23 anos, dividiu o 13º em duas partes. “Com uma vou pagar o restante da fatura do cartão de crédito e com a outra vou realizar um fundo de investimento”, afirma.

Já a técnica em Nutrição Vivian Tavares, de 30 anos, gastou o 13º antes mesmo de ele chegar. Casada recentemente, a moradora de Praia Grande utilizará o benefício para pagar as despesas da festa. “Nem vou ver a cor do dinheiro. Já está todo comprometido”, destaca.

Para a coaching e educadora financeira Karen Calixto, a decisão de Willian é a mais acertada, pois além de quitar a despesa, ele conseguirá poupar. “O cartão de crédito tem juros muito altos. Se há dívidas a pagar, o correto é optar em liquidar pendências desse tipo primeiro”, explica. Guardar para despesas do início do ano como pagamento de impostos e compra de material escolar também está entre as opções destacadas pela profissional.

Segurar a mão na hora de comprar os presentes é uma boa estratégia (Foto: Matheus Tagé/DL)

Para quem chegou ao final do ano endividado, a especialista ressalta que o ideal é ter cautela. “Os credores costumam dar bons descontos, que podem chegar até 2,5% ao mês. Tentar pagar tudo de uma vez e sair desesperadamente sem negociar pode dar dor de cabeça no futuro. Se não tiver condições de liquidar o total das despesas, dê preferência àquelas com juros maiores e a parcelamentos cujos valores estejam adequados ao orçamento”.

Karen destaca que, mesmo com o orçamento curto, é possível não deixar o Natal passar em branco. “Deve pensar sempre se o que vou comprar é necessário. Não ter mão aberta na hora dos presentes e de elaborar as festas. Optar por lembrancinhas também ajuda”.

No caso de Vivian, que optou em comprometer todo o benefício com as despesas da festa de casamento, a educadora financeira ressalta a estratégia é boa, mas depende de planejamento. “Tem que verificar como ela vai se comportar. Se deixar de comprar presentes para a família e ou irá presenteá-los com outra reserva. Ou se vai optar em fazer as comprar com cartão de crédito e criar outras dívidas. Se ela não tiver reserva e precisar de dinheiro, por exemplo, pode se endividar”.

A coaching afirma que educação financeira não é privação. “O hábito de poupar é o que muda o comportamento. É importante é guardar não importa o valor com que se vai começar. Poupando cem reais todo o mês, por exemplo, em 30 anos é possível se obter valores suficientes para comprar um carro popular”.

Segundo a educadora financeira, ter ações voltadas aos propósitos é a chave para o crescimento pessoal e financeiro. “Ter propósitos é planejar os sonhos e não antecipá-los. Consumir de forma sustentável para realizá-los a curto, médio e longo prazo”.

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