Cotidiano

Peruíbe pode ter bairros inteiros submersos nas próximas décadas; veja quais

Porém, diferente de outras cidades na região do litoral de São Paulo, o município não terá muitas partes seriamente afetadas

Gabriel Fernandes

Publicado em 05/07/2025 às 06:50

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Caso os níveis de poluição venham a aumentar, a velocidade com que o mar tomaria as regiões do litoral seria ainda maior / Divulgação/Prefeitura de Peruíbe

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Muitos moradores do litoral de São Paulo têm uma preocupação real com o avanço do mar. No entanto, existem diversos estudos que explicam como as regiões serão impactadas.

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É o caso da organização Climate Central, que desenvolveu um mapa interativo mostrando o impacto de diversos fenômenos naturais, com destaque para o cenário de elevação do nível do mar nos próximos anos.

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Caso os níveis de poluição venham a aumentar, a velocidade com que o mar tomaria as regiões do litoral seria ainda maior.

Para entender a gravidade da situação, o Diário do Litoral separou dados específicos sobre Peruíbe, com base nas informações divulgadas pela Climate Central.

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Cenário

Diferente de São Vicente que, em 2030, já mostrará um cenário bastante delicado na região da Praia dos Milionários, a partir deste mesmo ano, em Peruíbe a região que passa pela Avenida Governador Mário Covas Júnior não será gradativamente afetada.

O grande empecilho começa a se formar nos arredores do Rio Peruíbe, onde trechos como a Rua Dalmar da Costa e a Rua João Marcelino Tedsar passam a ser lentamente dominados pelo mar.

Em 2090, o problema continuará se expandindo de forma gradual, mas será mais intenso nas áreas próximas ao Rio Peruíbe, que chegará a cobrir parte da Rua Estação e outras vias ao redor do local.

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Já no trecho da Avenida Governador Mário Covas Júnior, a situação não será tão grave. Os casos mais preocupantes envolvem áreas como a Praia Central Queer e o Parque Turístico Peruíbe, que tendem a ser tomados pelo mar.

Especialista

Segundo o professor do Instituto Oceanográfico da USP (Universidade de São Paulo), Eduardo Siegle, na região da Barra do Una, o processo erosivo observado ocorre devido à migração do canal da desembocadura do Rio Una.

"Em função das correntes geradas pelas ondas, as chamadas correntes de deriva litorânea, a desembocadura está sendo desviada para o norte. Assim, acontece o crescimento do pontal arenoso no sul, empurrando o canal para o norte", comenta.

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"Com o canal migrando para o norte, ele provoca a erosão da margem, fazendo com que eventos de ondas mais intensas também atinjam a região com mais força. Isso é um processo natural em ambientes de desembocadura, pois esses canais sempre migram ao longo de regiões costeiras e, muitas vezes, apresentam um comportamento cíclico, mudando de posição ao longo da costa."

Prevenção

Algumas cidades do litoral de São Paulo têm adotado medidas para conter o avanço do mar. Entre as ações implementadas estão a construção de barreiras submersas, muros de contenção e o uso de sacos de areia para reforçar o solo e proteger a faixa litorânea.

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