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Cotidiano

Pasta da Saúde em Itanhaém apresenta problemas pontuais

Moradores reclamam de demora no atendimento da UPA e limitações no trajeto das ambulâncias para atendimento emergencial

Rafaella Martinez

Publicado em 01/08/2016 às 11:00

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Usuários da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sabaúna reclamaram da demora no atendimento; Administração garante que tempo de espera é inferior a uma hora / Rodrigo Montaldi/DL

Com 93.696 habitantes, sendo parte deles usuários frequentes do Sistema Único de Saúde (SUS), a cidade de Itanhaém é a sétima a compor o Raio-X da Saúde do Diário do Litoral. A Reportagem esteve na cidade na última semana e visitou as principais unidades de atendimento.

O município dispõe de Rede de Urgência composta pelo Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU 192) e Unidade de Pronto Atendimento (UPA). A rede básica do Município é composta por dez unidades de saúde com 23 equipes de profissionais da Unidade da Saúde da Família (USF), além da Equipe Multiprofissional de Atenção Domiciliar (EMAD).  Na atenção especializada, a rede conta com Ambulatório de Especialidades, Centro de Infectologia de Itanhaém (CINI), Centro Especializado em Diabetes (CEDI), Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), CAPS Álcool e Drogas, CAPS Infantil, Centro de Reabilitação, Fisioterapia, Centro Especializado na Saúde da Criança e da Mulher. A rede possui ainda um Laboratório de Análises Clínicas.

Na UPA Sabaúna, a principal reclamação foi referente a demora no atendimento. Mais de 40 pessoas aguardavam ainda na recepção para o cadastro da ficha no sistema médico. A mãe da dona de casa Mariana Muniz sofreu dois AVCs enquanto aguardava atendimento na unidade no final do ano passado.

“Ela chegou com fortes dores e passando muito mal, mas precisou aguardar o atendimento normal. Nas duas vezes ela só foi atendida quando começou a ter o AVC na recepção”, destacou.
Ainda de acordo com a dona de casa, o atendimento na unidade é prioritário apenas para crianças.

“Quando passo com a minha filha é rápido, mas quando preciso de atendimento a demora já chegou a passar de duas horas”.

Um outro problema apontado pelos usuários foi a limitação de acesso das ambulâncias de atendimento emergencial. De acordo com os munícipes, os moradores de bairros afastados, como o Equitação, devem levar os pacientes até a pista, onde a ambulância aguarda. A situação, de acordo com os moradores, acontece até mesmo para casos graves. 

Questionada, a Prefeitura de Itanhaém disse que a Unidade de Pronto Atendimento realiza a triagem de pacientes por meio de classificação de risco, que prioriza os atendimentos de urgência, sendo que todos os pacientes com critério de urgência são atendidos em um tempo inferior a uma hora. No local, são atendidos uma média de 600 pacientes por dia em baixa temporada, chegando a atender 1.200 pacientes em alta temporada. A Administração afirmou que moradores de cidades vizinhas procuram constantemente o serviço, o que contribui para aumento na demanda de atendimentos.

Sobre a reclamação das ambulâncias, a Administração informou que de acordo com os registros, a região citada apresenta áreas de difícil acesso para as ambulâncias, dependendo do clima principalmente. No entanto, a informação não procede.  Em algumas ocorrências, os solicitantes são orientados a sinalizar para a ambulância, de forma que facilite a localização do chamado, tendo em vista que por vezes as informações não são fornecidas pelo usuário corretamente, como ponto de referência ou nome correto das ruas e suas numerações, dificultando assim a real localização da ­ocorrência.

Proposta de Centro de Especialidades não avançou no prédio do antigo Pronto-Socorro

Desativado após a inauguração da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Sabaúna, o antigo Pronto-Socorro Central, localizado na Avenida Expedicionário Poitena, continua abandonado.
O destino do equipamento já foi alvo de inúmeras manifestações da população. Eles alegam que o fechamento foi um ‘presente de grego’, pois com a entrega da UPA a unidade poderia complementar o sistema de saúde do município.

Na ocasião do fechamento, a Administração informou que o equipamento passaria por reforma para posteriormente auxiliar no Pronto Atendimento da cidade, com salas para pequenas cirurgias, ortopedia, raio X e mamógrafo, diminuindo a procura pela urgência e emergência.

A obra, que recebeu recurso da ordem de R$ 774 mil por parte do Governo do Estado, está paralisada. Em visita ao equipamento, o Diário constatou que a placa informativa afixada está fora dos padrões, não possuindo informações essenciais, como a data de início da obra.

No interior do equipamento, as janelas e as portas estão quebradas e todos os ambientes completamente abandonados. Nos fundos há vestígios de materiais de obras e parte de uma estrutura montada.

A Prefeitura de Itanhaém informou que o local sediará, além do Centro de Especialidades Médicas, a Fisioterapia Municipal e o Centro Municipal de Reabilitação. O objetivo é melhorar ainda mais a estrutura e localização desses serviços. A Administração afirmou que a obra está em andamento, com prazo de término em dezembro de 2016. ?

Munícipes questionam falta de segurança e demora nas unidades de saúde da família

Após 2 assaltos, a solução tomada pela Administração de Itanhaém para garantir a segurança da Unidade Básica de Saúde de Guapiranga foi erguer um muro no entorno do imóvel. A medida foi vista com desconfiança pelos munícipes.

Usuários da Unidade de Saúde da Família (USF) do Savoy, também reclamaram da demora e limitação para conseguir senhas de atendimento dos serviço de saúde. 

Sobre os problemas apontados, a Prefeitura informou, por meio de nota, que mantém em todas as unidades de saúde sistema de monitoramento e alarme, além do acompanhamento da Guarda Civil Municipal.

Sobre a reclamação da USF Savoy, informou que o sistema de senhas é adotado para organização do setor.

Com relação ao agendamento de consultas, ele é realizado de forma semanal, sendo que para pré-natal, bem como consultas de crianças de até dois anos (puericultura) e pediatria em geral não é necessário o prévio agendamento. A partir de agosto, a unidade contará com mais uma equipe de saúde da família (médico e ­enfermeiro).?

População aprova serviços  prestados no Hospital Regional e Maternidade

Os serviços realizados no Hospital Regional Jorge Rossmann e na Maternidade de Itanhaém foram aprovados por todos os munícipes ouvidos pelo Diário do Litoral.

Durante visita na unidade, aproximadamente vinte pessoas aguardavam por atendimentos diversos. O casal Ciemi Rodrigues e Adenir Rosa esperava liberação para visitar a neta, que havia feito uma cesariana no dia anterior. “Estamos aguardando apenas porque ainda não deu o horário de visita. No mais, não temos do que reclamar. Todo o atendimento dela foi feito pelo SUS nas unidades básicas de saúde”, destacou a dona de casa.

Opinião semelhante é a dona de casa Djane Fagundes, moradora do Jardim Coronel. Ela havia levado a filha de 20 dias para fazer o teste do pezinho na unidade. “Fiz todo o meu acompanhamento gestacional na UBS do Jardim Coronel e o parto na maternidade. Não tenho reclamação alguma. Todos os meus exames foram feitos na data certa e fui bem atendida na maternidade”, afirmou.

O mecânico de motocicleta Edson José de Oliveira sofreu um acidente há 15 dias e precisou fazer uma cirurgia no pé. De acordo com ele, o serviço prestado no hospital foi satisfatório. “Vim direto para o centro cirúrgico e toda a operação foi muito rápida. Estou fazendo acompanhamento agora e não há reclamações.

É importante destacar isso, pois sempre falamos mal dos equipamentos públicos, mas felizmente quando precisei fui muito bem atendido”, finalizou.

Com obras atrasadas, prédio terá 240 leitos

O Governo do Estado trabalha na obra de ampliação do Hospital Regional de Itanhaém. O prazo inicialmente estabelecido de 36 meses para o término das obras já venceu. A Reportagem entrou em contato com a Secretaria de Saúde do Estado, mas não teve retorno até o término desta edição.

A meta consiste em modernizar toda a estrutura atual e construir um edifício anexo com sete pavimentos e heliponto, que atenderá toda a região metropolitana. No local também será implantada uma Unidade de Pronto Atendimento referenciado.

A capacitação de leitos será ampliada em mais de 150%, passando a contar com 240 leitos, além de cinco novos centros cirúrgicos, dois obstétricos e um de diagnóstico. 

Com as mudanças, o número de atendimentos do hospital deve passar de 1,3 mil para 2,7 mil mensais, o que garantirá mais qualidade na assistência aos usuários da região do litoral sul de São Paulo. O investimento total nas duas obras (reforma do hospital e construção de novo edifício) foi da ordem de R$ 60 milhões.

 

 

 

 

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