05 de Maio de 2024 • 01:55
A Frente de Salvação Nacional, grupo opositor ao regime de Mohamed Morsi rejeitou nesta sexta-feira (7) o diálogo proposto pelo presidente egípcio, para acalmar os sangrentos protestos contra os amplos poderes assumidos pelo chefe de Estado com o objetivo de acelerar a aprovação de uma nova Constituição.
A oposição convocou para esta sexta-feira outro dia de grandes manifestações contra as medidas mais recentes adotadas por Morsi, dois dias depois de violentos confrontos terem provocado a morte de seis pessoas e deixado pelo menos 700 feridas. Os manifestantes exigem que Morsi anule o decreto que dá a ele mesmo poderes quase absolutos e que ele não coloque em referendo um projeto de Constituição favorável aos preceitos islamitas no dia 15 de dezembro.
Os grupos opositores organizam marchas até o palácio presidencial. Os militares intervieram pela primeira vez na quinta-feira, quando instalaram tanques ao redor do palácio e colocaram arame farpado no local.
Por outro lado, islamitas ultraconservadores também organizam sua própria manifestação para esta sexta-feira. O protesto será contra o que chamam de cobertura tendenciosa da questão política pelos canais pagos privados do país. As informações são da Associated Press e da Dow Jones.
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