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Cotidiano

ONU projeta crescimento de 3% para o Brasil em 2014

O documento espera recuperação da atividade global, mas também alerta que riscos continuam rodando a retomada do expansão

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 29/12/2013 às 17:16

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A Organização das Nações Unidas (ONU) projeta crescimento de 3% para o Brasil em 2014 e de 4,2% em 2015, de acordo com um relatório com perspectivas para a economia mundial no próximo ano. O documento espera recuperação da atividade global, mas também alerta que riscos continuam rodando a retomada do expansão. Um deles é a mudança da política monetária nos países desenvolvidos.

A ONU destaca que a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano ficou abaixo do esperado, em meio à menor demanda externa por produtos brasileiros, volatilidade dos fluxos internacionais de capital e alta de juros no País. Um maior crescimento em 2014 vai depender, entre outros fatores, do fortalecimento da demanda global, ressalta a ONU.

As previsões da ONU para o Brasil estão menores do que as feitas no relatório divulgado em dezembro de 2012. Naquele mementos, os economistas da instituição esperavam crescimento de 4% para o Brasil neste ano e de 4,4% em 2014. Pela estimativa da ONU, o PIB deve fechar 2013 com alta de 2,5%.

O Brasil deve crescer em 2014 no mesmo nível da economia mundial, mas abaixo da média da América Latina, de acordo com a ONU. A previsão é que o PIB global avance 3% e o dos países latino-americanos cresça 3,6%. O México deve ser um dos destaques, avançando 4%, depois de decepcionar este ano e crescer apenas 1,2%.

A ONU projeta crescimento de 3% para o Brasil em 2014 (Foto: Divulgação)

Pelo lado positivo, a ONU elogia a queda da taxa de desemprego no Brasil para níveis históricos de baixa, sobretudo em um momento em que o número de desempregados tem batido recorde em países europeus.

O documento ressalta ainda que o Brasil foi um dos países emergentes que mais sofreu com a expectativa de mudança da política monetária nos Estados Unidos. Por conta disso, o real teve uma das maiores desvalorizações entre os emergentes. A retirada dos estímulos monetários do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) é um dos riscos para a os mercados emergentes nos próximos anos, destaca o documento, que podem ter menos capital externo e custos maiores de financiamento.

Não só o Brasil, mas os outros países que formam a sigla Bric (que inclui ainda Rússia, Índia e China) também estão decepcionando, destaca a ONU, que dedica parte do estudo para avaliar estes mercados. A expectativa é que esses países dificilmente vão ter crescimento nos próximos anos no nível visto em períodos pós-crise financeira mundial. A China deve ir se desacelerando aos poucos. O crescimento deve baixar de 7,7% este ano, para 7,5% em 2014 e 7,3% no ano seguinte.

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