Novo sistema de câmeras da PM serão acionados pelos agentes ou de forma remota; entenda

O governador de São Paulo, Tarcisio Freitas (Republicanos) lançou novo edital para a aquisição de 12 mil câmeras para a Polícia Militar. O novo sistema gera alterações significativas em relação ao atualmente em operação, principalmente na forma como a gravação é feita.

Especialistas em segurança pública apontam que o novo modelo pode trazer prejuízos para futuras investigações, ao deixar sob responsabilidade dos policiais a ligação do equipamento.

A corporação já conta com pouco mais de 10 mil câmeras que gravam de forma ininterrupta, eles precisam apenas acionar um dispositivo que melhora a qualidade da imagem e do áudio.

Com a mudança, caberá ao policial ligar a câmera para que a gravação tenha início. Além disso, uma central também poderá fazer o acionamento caso o agente descumpra o protocolo e não ligue o equipamento.

A Secretaria da Segurança Pública confirmou à reportagem a alteração no sistema de gravação.

A pasta disse que no atual modelo muitas vezes os equipamentos acabam sem bateria durante as ações. Além do alto custo de armazenamento.

Ainda segundo a pasta, ao enviar uma equipe para uma ocorrência ou ao ser notificado por policiais na rua de um caso, o Copom (Centro de Operações da Polícia Militar) poderá verificar se o equipamento foi acionado ou não. Em caso negativo, o dispositivo poderá ser ligado remotamente pela central.

A gestão Tarcísio afirmou também que o policial que não cumprir o protocolo será responsabilizado, pois todas as imagens captadas poderão ser acessadas de forma imediata e ficarão armazenadas em um data center da Polícia Militar por tempo indeterminado.