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Cotidiano

Marcelo Squassoni é acusado de usar notas frias na Câmara

Deputado federal afirma que foi vítima de uma “armação política” e que já denunciou o caso na Polícia Federal

Estadão Conteúdo

Publicado em 20/09/2016 às 19:44

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Marcelo Squassoni (PRB-SP) está sendo acusado de ter usado notas fiscais frias para justificar gastos de sua cota parlamentar / Arquivo/DL

O deputado federal Marcelo Squassoni (PRB-SP), coordenador de campanha do candidato a prefeito de São Paulo pelo PRB, Celso Russomanno, está sendo acusado por um empresário do Guarujá, base eleitoral do parlamentar, de ter usado notas fiscais frias para justificar gastos de sua cota parlamentar.

Em entrevista ao Estado e à Rádio CBN, José Eduardo dos Santos, dono da TESS  - Tecnologia e Sistemas de Segurança - disse que emitiu nove notas fiscais de R$ 3,5 mil cada uma sem ter prestado nenhum serviço.
Parte das notas da TESS está registrada na prestação de contas de Squassoni no Portal da Transparência. “Em agosto de 2015 eu fui procurado para emitir notas fiscais de minha empresa para que ele pudesse arcar com compromissos de campanha.  Ficou combinado que seria como segurança eletrônica e manutenção preventiva. Nós não prestamos o serviço”, disse Santos.

A denúncia foi protocolada no Ministério Público Federal no último dia 9. O empresário afirma que teria recebido “ameaças políticas” e “oferta de dinheiro” de um interlocutor do deputado para desistir da denúncia. “Ele mandou uma pessoa chamada Emerson me procurar. Esse interlocutor disse que o Marcelo tinha até R$ 200 mil para mim e que eu poderia ganhar um cargo no governo. Eu recusei. Ele, então, disse que, se eu não parasse, minha vida ía ficar complicada no Guarujá”.

Após acionar a imprensa, o escritório de Santos foi atingido por dois tiros disparados por um motoqueiro. “Não posso atribuir a ele, mas sem sombra de dúvida é muita coincidência”. Santos disse que está escondido em um flat em São Paulo por precaução.

Ao Estado, o deputado Marcelo Squassoni afirmou que foi vítima de uma “armação política”. “Esse cidadão está fazendo um jogo por causa de dinheiro. Ele quis me extorquir. Denunciei isso na Polícia Federal”, disse o parlamentar.

O deputado afirma, ainda, que os serviços que constam nas notas foram executado pela TESS, mas não se lembra quais foram. Sobre os tiros disparados no escritório de Santos, Squassoni chamou de “piada” a insinuação de que poderia ter ligação com o episódio. “Isso é uma sacanagem que estão fazendo comigo. É uma armação do grupo político que faz oposição a mim no Guarujá”, disse.

Leia nota enviada ao DL por Marcelo Squassoni na íntegra:

A empresa está regularmente inscrita no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas (CNPJ) e prestou serviços entre os meses de agosto/2015 e fevereiro/2016. As notas fiscais foram devidamente apresentadas, pagas e reembolsadas pela Câmara dos Deputados após minuciosa análise de documentação, como é de praxe.

Ao saber, pela reportagem do UOL, no último dia 16, sobre suposta denúncia de não-quitação das referidas notas, o próprio Squassoni acionou por telefone a pessoa que havia sido contratada por seu Gabinete, Oséas Pedro Alves, questionando-o a respeito do mal entendido. Este, por sua vez, compareceu à Delegacia-Sede de Guarujá e confirmou ao delegado de plantão a realização do serviço e a utilização de nota fiscal de empresa parceira (Tess) para a devida cobrança, conforme consta do Boletim de Ocorrência 7087/2016.

Sendo assim, e considerando o atual momento eleitoral, e, ainda, o histórico do meio político guarujaense, fica muito claro que tudo não passa de uma acintosa armação de cunho político. A partir disso, o deputado reuniu cópias de documentos que comprovam a chantagem da qual está sendo vítima e protocolou denúncia ontem (19), na Polícia Federal do Distrito Federal (DF), alertando também sobre a prática de falsa comunicação de crime, permanecendo no aguardo de providências.

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