Maior pescaria da década revela espécie rara com parte valendo até R$ 3 mil o quilo

Um grupo de pescadores de Florianópolis capturou, no último dia 19 de outubro, 78 peixes da espécie pescada-amarela. O fenômeno é considerado raro, ainda mais porque o “bucho” deles vale entre R$ 1,5 mil e R$ 3 mil o quilo, quase 200 vezes o valor do próprio peixe no mercado, que é vendido a R$ 16,10 em média.

O motivo de sua aparição em massa não é exatamente conhecido, mas, no passado, era comum pescar essa espécie em grande quantidade nesse mesmo local.

Alto preço

A grande diferença em relação ao valor do peixe como um todo ocorre por conta da demanda internacional, principalmente nas regiões da Ásia, onde a textura e o sabor estão entre as principais características da bexiga natatória do peixe.

O órgão ainda possui propriedades medicinais que fazem bem para a saúde da pele, dos ossos e das unhas, devido ao alto teor de colágeno.

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Raridade

De acordo com o pescador Leandro Pereira, ao ND+, há cerca de 40 anos antigos pescadores já conseguiram capturar mais peixes dessa mesma espécie em um único momento.

Entretanto, nos últimos anos, é comum capturar por volta de 10 a 20 peixes durante uma pescaria.

Justificativa

Esse peixe tem seu foco de reprodução abaixo da ponte Hercílio Luz, por conta do naufrágio de uma embarcação no local, ocorrido por volta de 1953, a mais de 50 metros de profundidade.

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Segundo Leandro, o cenário ainda contribui para que a pescaria seja dificultada por fatores como as ferragens da ponte, o barco afundado, o concreto e os objetos que rasgam as redes dos pescadores.

Entretanto, normalmente a pescada-amarela é capturada apenas quando está no final da vida, pois, de acordo com o pescador, as menores são soltas, e algumas são tão pequenas que nem passam pela malha da rede.