O empresário Chiquinho Scarpa / Reprodução/Instagram
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A Justiça paulista determinou o bloqueio das contas bancárias do empresário Chiquinho Scarpa, 74, mas encontrou apenas R$ 33,98. A ação de cobrança envolve uma dívida de R$ 264,2 mil relacionada a serviços prestados por médicos da clínica Anestesiologia e Dor de São Paulo.
Em 2022, Scarpa esteve internado no Hospital Sírio-Libanês e precisou passar por dez cirurgias devido a uma diverticulite, sendo os anestesistas contratados para atendê-lo. O empresário alegou à Justiça que todas as despesas deveriam ter sido cobertas pelo plano de saúde.
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Scarpa, que se apresenta como conde devido a um título concedido em 1948 ao seu pai pelo papa Pio XII, afirmou ainda que não há no processo nenhum documento comprovando a contratação da clínica nem a execução do serviço, “pois foram apresentadas planilhas produzidas unilateralmente pela interessada [a clínica], sem nenhum visto do paciente”.
A condenação de Scarpa ocorreu em abril do ano passado pelos desembargadores do Tribunal de Justiça e já transitou em julgado, sem possibilidade de recurso.
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O tribunal destacou que o empresário havia se comprometido a arcar com despesas não cobertas pelo plano de saúde e que, caso desejasse, poderia acionar a operadora para eventual ressarcimento. Como não quitou o valor, foi determinado o bloqueio das contas bancárias.
Ao constatar que o empresário possuía apenas R$ 33,98 em suas contas, a advogada Renata Vilhena Silva, que representa a clínica, classificou o resultado como “inacreditável”.
Chiquinho Scarpa, que ganhou notoriedade por atuar como jurado nos programas de auditório de Flávio Cavalcante e Chacrinha, é neto de Nicolau Scarpa, imigrante italiano responsável pela criação da cerveja Caracu e proprietário da Skol, sendo também pioneiro no lançamento da primeira cerveja em lata no Brasil.
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No ano passado, em entrevista ao podcast "Festa da Firma", conduzido por Wellington Muniz, o empresário de 74 anos foi detonado por internautas após reclamar de pessoas "pobres".
“O pobre sempre tem um negócio para pedir. A pior coisa do pobre é você chegar e dizer assim: 'Como vai?'. Aí você está frito. Aí ele diz: 'minha mãe está doente, meu pai perdeu a perna, minha filha perdeu o dente'. Ele fica meia hora destilando todos os problemas. Nunca chegue para pobre e pergunte como vai.”
Posteriormente, Scarpa justificou que se tratava de um personagem: “O podcast é um programa de humor, onde há representações. Lamento muito pelo transtorno e pelas interpretações sobre o 'personagem' que atuei durante a entrevista. Nunca fiz distinção entre as pessoas, sempre tratei todos com muito respeito.”
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