Cotidiano

Interior de SP já teve dinossauros e doença óssea dizimou população

O estudo foi publicado, seguindo as normas científicas, na revista The Anatomical Record

Igor de Paiva

Publicado em 11/08/2025 às 17:10

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A informação foi publicada originalmente pela Agência FAPESP. / Creative Vix

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O município de Ibirá, localizado no interior do estado de São Paulo, já foi lar de diversos dinossauros pescoçudos, conhecidos oficialmente como saurópodes. No entanto, a descoberta de um conjunto de ossos desses animais revela que a região sofreu uma infestação de uma doença óssea mortal.

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A informação foi publicada originalmente pela Agência FAPESP.

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Pesquisadores, com apoio da Fapesp, encontraram fósseis de seis animais que viveram na era do Cretáceo, há cerca de 80 milhões de anos. Neles, havia sinais e marcas claras de osteomielite, uma doença óssea causada pela presença de bactérias, vírus, fungos ou protozoários.

Sem sinais de regeneração, os animais morreram ainda com a doença em seus organismos. Esse detalhe, por exemplo, é incomum e contrasta com o que se observa em casos de ataques de outros animais da época, quando geralmente há indícios de cicatrização.

Conhecida no meio científico como Formação José do Rio Preto, a região tinha um clima árido, com rios rasos e lentos, além de grandes poças de água parada. Justamente por essas condições, muitos animais ficavam atolados na lama e morriam.

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O estudo foi publicado, seguindo as normas científicas, na revista The Anatomical Record.

As lesões analisadas variavam de danos restritos à medula até marcas que atingiam a parte externa dos ossos.

Conheça também: Jurassic Park paulista: cidade do interior de SP já teve dinossauros há 80 milhões de anos    

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Apoio

Ao todo, a pesquisa contou com o apoio do Instituto de Estudos dos Hymenoptera Parasitoides da Região Sudeste Brasileira (IEHYPA-Sudeste), um Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia (INCT) financiado pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pela FAPESP.

No IEHYPA-Sudeste, os cientistas analisaram os ossos por meio de microscópio eletrônico de varredura (SEM) e estereomicroscópio.

A equipe destacou que essa foi uma grande descoberta para a paleontologia, afinal, apresenta a manifestação de uma enfermidade em diferentes espécimes e partes do corpo.

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Vale ressaltar que o trabalho pode ser conferido com mais detalhes no canal Colecionadores de Ossos, da dupla de autores Tito Aureliano e Aline Ghilardi.

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