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Cotidiano

Insegurança retorna à Biquinha, em São Vicente

Em dezembro de 2013, com a chegada dos policiais para a Operação Verão, a população se sentia segura. A insegurança, já retratada pelo DL dias antes da temporada, volta a amedrontar moradores

Pedro Henrique Fonseca

Publicado em 16/03/2014 às 10:48

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A sensação de insegurança em São Vicente é recorrente, segundo os moradores. Na praia do Gonzaguinha, onde de acordo com relatos sempre houve uma base de patrulhamento fixo da Polícia, a insegurança aumenta com o fim da temporada e a diminuição do efetivo policial no local. Os entrevistados que ali vivem reclamam da falta de policiamento no local e o aumento do número de moradores de rua na Praça 22 de janeiro, na Biquinha.

De acordo com os entrevistados pela reportagem do Diário do Litoral, a sensação de insegurança e medo tomou conta dos moradores de diversos bairros da cidade, principalmente dos que residem do Gonzaguinha a Ponte Pênsil.

O fim da Operação Verão trouxe como consequência o fim do patrulhamento fixo no posto da Polícia, que se localizava em frente à Praça 22 de janeiro. A reportagem está acompanhando este problema desde o final do ano passado, um pouco antes da chegada do efetivo policial.Em 13 de dezembro, os moradores denunciaram à equipe do DL que não havia patrulhamento no local. “Aqui não tem policiamento. Assim como não tem em nenhum lugar dessa cidade”, afirmou naquela ocasião, o aposentado Osvaldo Quintanilha.

Após aquela reportagem, o policiamento aumentou no local, coincidindo com o início da Operação Verão, levando aos moradores do bairro a sensação de segurança, pois a PM instalou uma base fixa na Praça. Foi este fato que a reportagem do Diário do Litoral, em 30 de dezembro, relatou: “Sensação de segurança – presença da PM gera elogios da população em SV”. Naquela reportagem, os moradores relataram que sentiam a diferença nas ruas com a presença do Polícia e, para a professora Maria Luisa Hourneaux, “o policiamento no local deveria voltar a ser constante, e não só durante o verão”.

Com o fim da Operação Verão, em 31 de janeiro, o efetivo de 250 policiais que estavam na Cidade foi retirado com a justificativa, da Prefeitura de São Vicente, que “o número de turistas cai consideravelmente após essa data”.

Segundo Ana Maria, moradora da Rua Colegial, “presenciar um assalto ou uma cena de violência não é raridade e acontece a qualquer hora do dia”. Em uma manhã inteira no local, presenciamos apenas uma viatura passando ao redor da Praça 22 de janeiro. Francisco Celso, que reside em frente à praça, reclamou que não há policiamento na região e em toda cidade. “A Cidade está abandonada. Há vários assaltos. A ‘população’ da praça aumenta cada dia mais. Um dia, pela noite, uma Kombi branca deixou de 8 a 10 pessoas aqui e foi embora”.

O fim da Operação Verão aumentou o número de moradores na praça (Foto: Matheus Tagé/DL)

Para Celso, a ausência da Polícia no local aumentou o número de moradores de rua na região e o número de assaltos também. “Os que nunca foram assaltados ao menos já presenciaram um roubo”, afirmou. No mesmo sentido, segue o vice-presidente da Associação de Moradores do Itararé, Renato Assi que reclama que a violência acomete São Vicente como um todo e “a sensação de insegurança é alta em toda a cidade, e não somente em bairros isolados”. Ele também reclamou da violência no bairro do Itararé, onde reside, afirmando que “existem diversos pontos de tráfico e muito marginal” nas ruas.

Prefeitura se justifica

Em contato com a Secretaria de Imprensa e Comunicação Social, da prefeitura de São Vicente, questionamos as reclamações dos moradores do Gonzaguinha, da Biquinha e Itararé. A Assessoria justificou dizendo que o prefeito Luis Claudio Bili (PP) vem fazendo várias solicitações de aumento real do efetivo da Polícia Militar na cidade junto ao Governo do Estado.

Polícia Militar

Questionada sobre o motivo pela qual não há mais uma base da Polícia em frente à Praça 22 de janeiro, em nota, a Assessoria de Comunicação Social da PM não respondeu diretamente essa indagação, afirmando somente que “as viaturas tem efetuado rondas nas suas áreas de atuação com breves p

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